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Traumatologia

Falta de materiais deixa pacientes aguardando por cirurgias na Santa Casa

Gabriela Barcellos/JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Pelo menos seis pacientes com fraturas consideras graves estão internados no Hospital Santa Casa de Uruguaiana (HSCU) à espera de uma cirurgia traumatológica. O procedimento não é realizado porque a instituição não tem os materiais necessários para as operações, como placas e parafusos.

De acordo com um dos sete médicos traumatologistas que atuam no serviço, e que pediu para não ser identificado, a cerca de 15 dias os médicos estão sem material para realizar intervenções do gênero. “Tenho dois pacientes idosos, de 83 e 87 anos, e um rapaz vítima de acidente de trânsito. Todos com fratura de fêmur e precisando desses materiais para fazer a cirurgia”, relata. “Até terça-feira, eram oito pacientes ao todo. E até onde sei não há previsão de chegada desses materiais”, completa.

O profissional conta ainda que rejeitou uma paciente vinda de Itaqui. “Porque não tem previsão, então é inviável. Pedi que ela fosse encaminhada para outro município”, disse. Atualmente, o Hospital Santa Casa é referência para atendimento de média complexidade em traumatologia para Itaqui e Barra do Quaraí.

Entre os pacientes que aguardam por uma solução está um rapaz de 25 anos, vítima de acidente de trânsito em Uruguaiana, que aguarda há dez dias pela chegada dos materiais. Outro, de 38 anos, vindo de Itaqui, conta que já está há 17 dias aguardando. “O médico disse que não tem nenhuma previsão de quando vai chegar os materiais, de quando vão poder me operar. Aí disse que ia me dar alta porque não tinha razão ‘pra’ eu ficar ali, e que eu aguardasse em casa a chegada desse material. Não sei quando vão me ligar, mas voltei para casa, com dor, sem condições de trabalhar, e sem perspectiva de quando vão me chamar”, conta. Ele recebeu alta nesta quinta-feira, 24/8.

Ainda conforme o médico, a falta de materiais acontece em razão de uma dívida do hospital com a empresa fornecedora, que seria de cerca de R$ 380 mil. Questionado pelo Jornal CIDADE, o administrador Claudinei Valim diz que o valor é inferior, e que já foi negociado. Ele confirma a falta de materiais, mas diz que eles já foram comprados pelo hospital, que aguarda a entrega. “Houve atraso na entrega de materiais, contudo já foi negociado com fornecedor e pago. Estamos apenas aguardando a entrega dos materiais. Acredito que até segunda [feira, dia 28/8] estará normalizado e o agendamento será realizado pelos médicos”, diz. Segundo ele, o prazo de entrega é de 15 dias.

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