URUGUAIANA JN PREVISÃO

2024

Conheça as letras dos sambas das escolas de Uruguaiana

Jairo Souza - JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Cova da Onça

Amanhã iniciamos o terceiro melhor carnaval do Brasil, que é o Carnaval Fora de Época de Uruguaiana. Serão sete desfiles, das escolas mais tradicionais de Uruguaiana, são elas: Apoteose do Samba, Bambas da Alegria, Unidos da Cova da Onça, Unidos da Ilha do Marduque, Imperadores do Sol, Deu Chucha na Zebra e Os Rouxinóis. 

O evento acontece na Avenida Presidente Vargas no dia 29 de fevereiro e 1 e 2 de março e deve reunir cerca de 40 mil pessoas durante as três noites. O evento reúne turistas de todo país e fora dele também. No ano de 2023, os turistas presentes vieram de cerca de 18 municípios diferentes, são eles: São Paulo, Curitiba, Florianópolis, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Passo Fundo, Cachoeira, São Leopoldo, Pelotas, Rio Grande, Caxias do Sul, Livramento, Itaqui, Quaraí, São Gabriel, Libres (Argentina), Bella Union (Uruguai) e Artigas (Uruguai). 

Conheça os sambas que serão cantados na avenida neste ano de 2024: 

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Ilha do Marduque 

Enredo: Olokum e a Santíssima Trindade do Samba 

Intérprete: Igor Sorriso e Marcio Monstrinho 

Autores: Victor Alves e Willian Tadeu 

 

Olokum 

Guia o destino nas espumas desse mar 

O meu canto é resistência  

noutro chão renascerá 

Na alma, na pele, na voz dos ancestrais 

Força que ecoa na batida do tambor 

Pelos terreiros e quintais 

Se o semba navegou, o samba é seu cais 

Requebra na ginga, iaiá  

Balança num balacochê 

A negritude é o tom 

E só quem sente consegue entender 

Segue a procissão 

Vai meu samba em redenção 

É dia da profana resistência 

Na arte da minha essência 

Se tal cortejo triunfante 

Levasse um pavilhão ao seu altar 

Aos pés da santa alegria 

Depositaria meu canto ao luar 

Mas sou poeta tão modesto 

Num gesto de oração 

Faço canção em manifesto 

Para cumprir minha missão 

Seguindo os pés de quem lutou, não desistiu 

E nunca sucumbiu 

A devoção, a alma alegre... 

Ancestralidade que se ergue! 

 

A avenida inteira ao cantar 

Pro meu amor passar 

Força nenhuma no mundo é maior 

Na Marduque, nós somos um só 

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Imperadores do Sol 

Enredo: Jorge D'ogunhê - O encontro do Santo Guerreiro com o Orixá das sagradas batalhas  

Compositores: Gilsinho Conceição e Gabriel Mello  

Intérprete: Gilsinho 

 

Sou eu da capadócia o guerreiro 

Vestido e armado pra batalha 

Inabalável na minha cruz 

À luz da minha espada 

Traído por aquele a quem jurei 

No fogo o martírio da dor encontrei 

Sou eu...o amigo, o imortal, a redenção 

Eu sei.. Inimigos não me alcançarão! 

Cruzei mil reinos e altares 

Sagrei vitórias, milagres!. 

Abrindo caminhos, bandeiras de fé 

Segui destino no balanço da maré 

Aportei por essas terras... Ê bahia 

Em águas sagradas a fé "em comum" 

Um ferreiro que não falha, senhor da cavalaria 

E o sentimento de que dois eram só um 

Irmão, com seu agô, patacori, que eu vou contar.. 

Eu vim d'orum, me chamo ogum, eu vim de lá 

Da dinastia que ergueu 

Mãe áfrica 

Sou rei de aruanda até luanda 

Quebrei correntes e demandas 

Fiz dos seus andores meu congá 

Manifestado na cultura popular 

Quem bate cabeça no meu terreiro 

Macumba se fez mandigueiro 

Liberto na gira e na luta 

Axé de ilê! A alvorada anuncia: 

Sincretismo e magia 

Salves e saravás na rua 

Com as bençãos de oxalá 

Sob o clarão da lua 

Quem é de jorge é d'ogunhê 

Firma o batuque e reza o nosso xirê 

Confia na lança, mata o dragão! 

Com a imperadores quer ser campeão 

 

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Cova da Onça 

Enredo: Uma Onça arretada no Nordeste 

Intérpretes: Emerson Dias e Fernandinho Bilhalva  

Compositores: Jeferson Lima, Rômulo Meirelles e Guto Guimarães  

 

Lá onde o sol é inclemente 

Nem o inferno é mais quente 

Meu cordel rabisca o chão 

Entre macambira, xique-xique 

O gado dá chilique, de repente no sertão 

Vê uma onça encarnada no lugar 

Pra lá de sonsa, aperreada pra daná 

Ela é valente e encara seu destino 

Resiliente feito nordestino 

Vagueia sem temer, peleia pra viver 

Não bambeia quando encontra virgulino 

  

Cangaceiro, cabra da peste 

O temido pistoleiro, uma lenda do agreste 

Fez-se forte um rugido 

Da morte se borrando, seu bando saiu fugido 

  

Poeira afora... A felina viveu emoções 

Viu que a fé ilumina os caminhos 

É senhora das orações  

Descobriu que essa gente sofrida 

Traz o barro à vida e a lida em canções 

Aê aê, muié rendeira, aê aê, muié rendá 

Zabumba e sanfona a noite inteira 

Forró e baião também quis dançar 

A arte namorou seu olhar 

E a escola do povo mandou chamar 

Se faz estandarte, paixão cultural 

Enredo nesse carnaval 

  

Cova da onça me alucina 

Arretada, nordestina, com a sede de vencer 

Chegou danada e atrevida 

Com as garras na avenida pra enlouquecer 

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Os Rouxinóis 

Enredo: Ale misterios da noite 

Compositores: Gabriri, Corlho, Chicão, Julio Pagé, Leandro Thomaz, Rodrigo Lemos, Luiz Brinquinho, Renne Barbosa, Marcelo David, Jorge Goulart, Samuel Coelho E Antonio Crescente 

Intérprete: Wantuir e Chicão 

Laroyê! 

É mistério, é magia, nessa notte tem xiré 

Fundamentos e assentamentos promel: orixá, oh luar (oh luar)  

Deu meia noite, ouço uma gargalhada  

Boa noite moço, mojubá pra quem tem fé  

A saia gira, levanta a poeira do chão  

Ela é padilha, a dama da rua  

Ela é maria, rainha mulher 

Jurou amar alguém na encruzilhada 

Seu tranca rua é o senhor da minha estrada 

 

Rei da ginga chama povo macumbeiro 

Tem marafo e carteado 

No boteco e no terreiro 

Ô zé, faça tudo o que quiser 

Só não maltrate o coração dessa mulher 

(Agora que eu quero ver quem é malandro não pode correr) 

É na madrugada em suas canções 

À luz das estrelas, evoca tradições 

Ê, seu moço, essa noite te apavora? 

Tem festejos, arde o fogo da paixão 

Acendo vela pra guiar meu caminhar 

Ninito pra oxoronga 

Quem é de jorge não está só 

E o axé de cada um 

Sou eu mais um filho de ôgum 

Ofila lá éwo babá ofila lá éwo babá 

Hoje a noite é de todos nós 

Saravá povo de rua, saravá pros Rouxinóis 

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Bambas da Alegria 

Enredo 2024: Madrugada 

Compositores: Samir Trindade e Marcelo Demétrio 

Intérprete: Tinga 

Escureceu  

É madrugada 

Abre o portal o Bambas nessa caminhada  

Vamos viajar  

Fazer acontecer  

O sonho mais bonito reviver  

Deu meia noite  

Fala seu Zé  

Nos bares, boêmia  

Um amor de cabaré  

E no delírio vai a Águia  

E o meu axé 

 

Ê tem batucada 

Ê na encruzilhada 

Lendas e mistérios, sensação arrepiou 

Pode sair, já serenou... 

 

Ê lá vou eu e as estrelas que me guiam 

Meu pai é Jorge, não me deixa sozinho 

Lua prateada da vitoria  

Me dê de novo o seu brilho  

Nos 25 anos de história  

 

Me chamo Bambas da Alegria 

Respeite meu povo eu vim pra vencer 

Grandeza contagia 

Antes do sol nascer 

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Apoteose do Samba  

Enredo 2024: São Vinte Páginas Marcantes na História, a Apoteose do Samba Branda a Sua Trajetória 

Autores: Mamau de Castro e Leozinho Nunes 

Intérprete: Aramis Muller 

Pulsa forte no meu peito 

O laranja, verde e preto 

Lindo manto iluminado  

Vem meu povo se divertir 

Numa noite no Haway 

Olho grande sai pra lá 

Meu samba é patuá 

Na mira da paixão  

O Cupido flechou seu coração  

 

Vem meu amor, vem sem medo 

Vou te cobrir de beijos 

Num transe genial 

Gostosa fantasia perfumo o carnaval 

 

É um pra lá, dois pra dançar  

Oxente! Dono da mata 

Eu sou filho deste chão  

Às margens do Velho Chico uma nação  

Faço o culto pra purificar  

Mãe África pra sempre vou te amar 

Relicário da cultura em esplendor  

Renasço das cinzas 

Das trevas nasce a luz 

Meu destino o samba conduz 

 

Vai nas garras do Leão, Apoteose 

O seu rugido faz estremecer 

São 20 anos dessa bela trajetória  

Respeita a nossa história 

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Deu Chucha na Zebra 

Enredo 2024: Toque Os Tambores O Povo Ta Em Festa 

Compositores: Arlindinho Cruz, Evandro Malandro, Inácio Rios e Igor Leal 

Intérprete: Evandro Malandro 

 

Um toque que rege e pulsa a vida 

Ressoa e transborda energia 

Pro ritual 

Raiz de uma nação primitiva 

Que estica o couro e firma meu 

Carnaval 

No nascimento a dor que precede a alegria 

Renascimento na força dos meus ancestrais 

Ritmado e festivo, tribal 

A pele é o motivo 

Ciclo espiritual 

A vibração no pulsar do meu tambor 

Sagrado pra cultuar o amor 

Retinta conexão, a pele mais negra 

Engalanando a procissão 

Deu chucha na zebra 

Magia e cura 

Axé do orixá 

O catimbo seu ze que vaj tocar 

Pra oxalá, água de cheiro eu dou 

Pra iemanjá lavar eu vou 

Eu vou por esse mar de sincretismo 

Na gira bombogira vai girar 

Da virgem santa ao juremá 

Eu rogo, prego e rezo no altar 

Minha cantiga vai entoar a dança do dragão 

A boa sorte ja é tradição 

Encantarias e celebração 

Tambor de mina, babaçuê 

Vem pra ver o meu batuquejé 

Deixa tocar a mancha negra 

Meu povo festeja o axé do tambor 

Deixe tocar... Uruguaiana eu sou 

Axé do meu tambor 


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