Alegrete
Mulher condenada a mais de 20 anos por tentativa de homicídio contra PMs

Divulgação - Julgamento em Alegrete resultou em condenação superior a 20 anos, reforçando a proteção a policiais em serviço.
O Tribunal do Júri de Alegrete condenou, na última quinta-feira, 2/10, uma mulher a 20 anos, 7 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado por tentativa de homicídio qualificado contra dois policiais militares. O crime ocorreu em janeiro de 2024, no bairro Ibirapuitã, quando a ré e seu companheiro reagiram a uma abordagem da Brigada Militar disparando armas de fogo.
Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual, um dos policiais foi atingido por um tiro de raspão na cabeça e outro na coxa. A ação configura tentativa de homicídio com qualificadoras por uso de meio que poderia gerar perigo comum, tentativa de assegurar impunidade e ataque contra autoridade. Na sentença, o juiz Rafael Echevarria Borba ressaltou a gravidade da conduta, destacando que a ré tentou efetuar novos disparos contra o policial já ferido no chão.
O companheiro da ré, que também participou do crime, foi condenado pelo Tribunal do Júri em fevereiro de 2025 a 29 anos e 7 meses de reclusão, após julgamento de recurso no Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). O caso, assim como o da ré, repercutiu em Alegrete por envolver ataques diretos a policiais durante abordagens de rotina, evidenciando os riscos enfrentados pelos agentes de segurança na região.
Durante o julgamento, os jurados consideraram elevada a culpabilidade da mulher, especialmente pelo fato de tentar continuar o ataque mesmo após um policial estar ferido."A culpabilidade da ré deve ser considerada como acentuada, pois, após a vítima cair no chão depois dos disparos, a ré se dirigiu em direção ao policial para realizar novos disparos e consumar o crime”, disse na sentença o Juiz Rafael Borba.
O tribunal manteve a prisão preventiva, impedindo que a ré recorresse em liberdade.
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