URUGUAIANA JN PREVISÃO

Rubens Montardo Junior

Faltou bom senso no Censo

Conforme foi amplamente noticiado na época, o governo Bolsonaro boicotou o Censo, que sequer fora previsto no Orçamento de 2021.  O governo já havia adiado a realização da pesquisa de 2020 para 2021. Com a nova suspensão, houve uma grande preocupação com o rumo das políticas públicas do país. Aliás, é de domínio público que os dados do Censo são vitais para o planejamento e a gestão do Estado, em suas instâncias federal, estadual e municipal. Com os dados coletados, pode-se conhecer o país e sua população para melhor se aplicar recursos, planejar ações, estudar e propor políticas e, inclusive, prever problemas sociais, estruturais e ambientais. Agora, estamos tendo os reflexos desta política imbecil, cretina e nefasta aos interesses coletivos. Com os novos dados, muitos municípios apresentaram redução populacional, o que implicará na perda de repasses, principalmente de parte do Governo Federal. Haverá menos dinheiro nos cofres municipais. Sem dúvida, o que faltou foi o bom senso na realização do Censo. Também, a representação política será afetada com a perda de vagas na Câmara Federal. O estado do Rio de Janeiro, por exemplo, perderá 4 vagas de deputado federal; o Rio Grande do Sul, Bahia, Paraíba e Piauí, perdem 2 cadeiras cada; Alagoas e Pernambuco perdem uma vaga cada. Ganham cadeiras os estados de Santa Catarina (04 vagas), Pará (04), Amazonas (02), Ceará (01), Goiás (01), Mato Grosso (01) e Minas Gerais (01).

Também, haverá reflexos nas Câmaras Municipais: Porto Alegre perderá uma vaga de vereador; enquanto Canguçu, Candelária e Soledade perderão 2 vagas em cada cidade. Na contrapartida, ganham duas vagas de vereador os municípios de Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Cachoeirinha, Santa Cruz do Sul, Ijuí, Lajeado, Tramandaí, Carlos Barbosa, Frederico Westphalen, Teutônia, Cidreira, Santo Cristo, Serafina Corrêa e Xangri-lá.   

Passamento

Faleceu aos 60 anos de idade, em Porto Alegre, no dia 14/07, o Juiz de Direito, Felipe Keunecke de Oliveira, em decorrência de câncer no pâncreas, que fora diagnosticado em abril último. Dr. Felipe ingressou na magistratura em 1994, atuando como Juiz de Direito Substituto de entrância inicial nas Comarcas de Porto Xavier e Uruguaiana. Foi promovido, por merecimento, para a 2ª Vara Cível de Santa Maria, de Entrância Intermediária, em 1997. Também atuou na 3ª Vara Criminal de Santa Maria, em 1998. Promovido, por merecimento, para o cargo de Substituto de Entrância Final, em 2002. Em 2003, foi classificado para 1ª Vara Criminal do Foro Regional do Sarandi. Após, em 2008, atuou no 1º Juizado, da 2ª Vara do Júri de Porto Alegre. Em 2018, ele foi alvo de um plano para matá-lo por parte de uma facção criminosa, quando atuava como juiz da 2ª Vara do Júri da Capital. A Operação Gangster descobriu o envolvimento de advogados com criminosos chamados de “Bala na Cara”. À época, o juiz e seus familiares andavam com seguranças 24 horas e utilizavam carros blindados. A partir de 2019 passou a jurisdicionar na 11ª Vara Criminal. Foi convocado para atuar no TJ em 2019, onde ficou até julho deste ano. Sua aposentadoria foi publicada no último dia 12/07. Dr. Felipe Keunecke de Oliveira deixou esposa e quatro filhos. RIP!

Privatização

Segue a interminável novela em relação a venda da Corsan. Os opositores da privatização alegam que faltou transparência no processo e que o preço é muito inferior ao que realmente vale a Companhia. O governo estadual alega que todos procedimentos foram legais.  

Perdas

Os dois recentes ciclones que atingiram o Rio Grande do Sul trouxeram muitos prejuízos. No sul do Estado, após uma semana, cerca de 3 mil pessoas ainda estão sem energia elétrica.

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