URUGUAIANA JN PREVISÃO

Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Arapuca

O inquérito policial militar aberto para investigar os oficiais que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto dos ataques e depredações de 8 de janeiro concluiu que as tropas não tiveram nenhuma responsabilidade sobre os acontecimentos. A investigação apontou também "indícios de responsabilidade" da Secretaria de Segurança e Coordenação Presidencial do GSI. Segundo o inquérito, se houvesse planejamento, teria sido possível evitar a invasão do palácio. O relatório, embora sigiloso, foi finalizado em março e obtido pelo jornal Folha de São Paulo. Já em seu depoimento na CPI, o ex-diretor-adjunto da Abin Saulo da Cunha afirmou que omitiu do Congresso os alertas da inteligência que ele havia enviado ao ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, por ordem deste mesmo oficial. A pedido da Comissão de Atividades de Controle de Inteligência, o GSI encaminhou ao Congresso no dia 20 de janeiro um documento com informes da inteligência disparados pela Abin por WhatsApp, mas a  relação não apresentava os informes que tinham sido enviados diretamente a Gonçalves Dias. Os alertas só chegaram ao Congresso no mês de abril por meio de um novo relatório, entregue pelo atual diretor-geral da Abin, Luiz Fernando Corrêa. Segundo o documento, a Abin enviou na noite de sexta-feira, dia 6 de janeiro, o primeiro informe sobre a possibilidade de ações violentas nas manifestações. Diante destas novas informações, o presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de Janeiro, Arthur Maia  deu um prazo de 48 horas ao ministro da Justiça, Flávio Dino, para que este entregue a CPI as imagens do circuito interno do Ministério feitas no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes. Segundo Maia, caso não ocorra a entrega dos vídeos, recorrerá ao STF. O ato de Maia é legítimo, embora saibamos de que de nada adiantará recorrer ao STF, embora os indícios de que o atual governo facilitou a invasão e depredação dos prédios públicos buscando fortalecer o já existente aparelho repressor (criado pelo própio tribunal) contra seus adversários políticos sejam cada vez maiores. 

Sob as barbas do STF

O MST segue sua saga de invasões e depredações impunemente. Na semana que passou, perto de 1.500 integrantes do movimento invadiram um centro de pesquisas da Embrapa Semiárido, em Petrolina, Pernambuco. Segundo os criminosos, a decisão foi tomada porque o governo   não cumpriu a promessa de destinar áreas para assentar as famílias acampadas na região. A nova invasão ocorreu na véspera da abertura do Semiárido Show, um dos eventos mais importantes da região, onde são repassadas tecnologias aos pequenos agricultores do semiárido. A área do parque de exposições foi totalmente ocupada pelo MST. O grupo, que está armado, incendiou a área de pesquisa com sementes do Centro. Mas, como sabemos, terroristas perigosos são as velhinhas que acamparam em frente aos quartéis sonhando com um utópico golpe militar.

A volta

PCdoB, o PSOL e Solidariedade querem a revisão dos acordos de leniência das empreiteiras flagradas no esquema de corrupção desvendado pela Operação Lava Jato. Para os partidos de estrema esquerda, os acordos firmados com o Ministério Público foram “demasiadamente prejudiciais às empresas”, impondo a elas um ônus financeiro excessivo. O objetivo parece claro: a restituição do capital destas empreiteiras. Novamente fortalecidas, poderão retomar a antiga dominância das grandes obras governamentais no país, voltando mais uma vez a corromper autoridades. 


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