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Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Impunidade

Um miliciano, líder do maior bando do gênero na “Cidade Maravilhosa”, foi solto após um suspeitíssimo “erro de comunicação” entre o TJ do Rio de Janeiro e a Secretaria de Administração Pública. Peterson Luiz de Almeida, o “Pet”, que estava preso temporariamente desde o final de agosto acusado de integrar a maior milícia carioca e comercializar armas ilegalmente, foi solto no último domingo. A prisão temporária do miliciano fora prorrogada por 30 dias em setembro, mas expirou no último fim de semana, o que resultou em sua soltura. Segundo a Seap, a pasta não foi oficialmente informada sobre a conversão da prisão temporária em prisão preventiva, portanto, sem a tal notificação da Justiça, teve de liberá-lo.

Amigos da impunidade

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, é um dos maiores responsáveis pela escalada da criminalidade no Brasil. Em sua “gaveta” se  acumulam 817 leis da área de segurança pública já aprovadas na Câmara dos Deputados, pendentes de votação dos senadores. Propostas como redução da maioridade penal, o fim de “saidinhas”, a limitação das progressões de regime, entre outras, estão na fila dos projetos engavetados por Pacheco. Cabe lembrar que Sérgio Moro, quando ministro, apresentou um “pacote” de medidas pró-segurança, rejeitadas no Congresso.

Amigos da impunidade II

O caos causado pela criminalidade no Rio de Janeiro e na Bahia parece não preocupar o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, mais concentrado na perseguição de inimigos políticos do governo. Sua única providência até agora foi, no início da semana, declarar que a Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal irão reforçar o policiamento no Rio de Janeiro no sábado e no domingo, em função da final da Copa Libertadores da América e do ENEM. Dino não compareceu na audiência marcada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, primeiro passo da tramitação da PEC que torna novamente ilícito o porte de drogas, assim como ainda não apresentou um plano que envolva ações contra o Comando Vermelho, PCC, Milícias e contra o ingresso de armas e drogas nas fronteiras do país.

Nenhuma semelhança

Uns anulam sentenças, legitimando candidaturas. Outros, impugnam candidatos. O TSJ da Venezuela, maior órgão jurídico do país, hoje totalmente aparelhado pela ditadura de Nicolás Maduro, anulou as eleições primárias realizadas no domingo passado. O objetivo eleição foi o de escolher um candidato de oposição ao regime do ditador Nicolás Maduro para disputar com ele as eleições no ano que vem. A justiça venezuelana acatou um recurso do deputado José Brito, aliado de Maduro, que alegou irregularidades no processo eleitoral. A candidata direitista Maria Corina Machado vencera o pleito com 92% dos votos.

Nenhuma semelhança II

Virou moda entre os mandatários da esquerda latino-americana: Na Nicarágua, o ditador Daniel Ortega, tem como sua vice-presidente sua esposa, Rosario María Murillo Zambrana. Aqui no Pindorama, mesmo sem oficialmente ter um cargo no governo, a primeira-dama, “Janja”, recebe em seu gabinete no Palácio do Planalto para despachos - não religiosos - ministros, parlamentares, diplomatas e aspones da ONU, como se fosse a vice-presidente. Já o eleito para o cargo, Geraldo Alckmin, ocupa um gabinete anexo do Planalto e só recebe àqueles previamente excluídos da agendas presidencial e de “Janja”, representando um triste papel para quem já governou o Estado mais rico do país.

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