URUGUAIANA JN PREVISÃO

Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

A volta do anão diplomático

As manifestações de simpatia do presidente Lula pelos regimes do Irã, Rússia, China, Nicaragua, Cuba, Venezuela e outras ditaduras reputação do País. Sua defesa do Hamas foi ainda mais vergonhosa. Não foi atoa que os brasileiros ficaram no fim da fila na retirada de Gaza, conseguindo a repatriação apenas agora. A revelação da Polícia Federal, depois de avisada pela inteligência israelense de que o Hezbollah poderia estar tramando ataques no Brasil não surpreendeu ninguém, nem mesmo a imprensa engajada. Dias depois do ataque traiçoeiro, seguido das atrocidades inomináveis cometidas pelo Hamas em Israel, o presidente brasileiro telefonou para seu colega iraniano, Ebrahim Raisi, patrocinador do Hamas e do Hezbollah. Queria que seu amigo interferisse para a retirada dos 24 brasileiros e dos outros 10 palestinos - alguns simpatizantes dos terroristas do Hamas, como Hasan Rabee, que em 2015 publicou um comentário nas redes sociais sugerindo um ataque terrorista a um ônibus em Israel. Errou de endereço. Seu interlocutor deveria ser do Catar. Sem embaixador há 2 anos neste país que praticamente define as listas de estrangeiros autorizados a deixar Gaza, Lula falou palavras ao vento. Seus périplos europeus foram um fracasso. Em Portugal, apesar de convite, não pode comparecer e nem discursar na cerimônia marcando a data a Revolução dos Cravos, devido aos protestos de parlamentares portugueses, que ameaçaram abandonar a cerimônia caso ele se fizesse presente. Meses depois, seu amigo António Costa, primeiro-ministro socialista de Portugal, perdeu o cargo por corrupção. Seu antecessor, José Sócrates, também seu amigo, fora preso anos antes por roubar o país. Na Espanha, além do protesto nas ruas e de parlamentares espanhóis, foi ridicularizado na imprensa por conta do fausto de sua desproporcional caravana de aspones. Nos demais países, foi praticamente ignorado. Em novo périplo, no seu encontro com o primeiro ministro indiano, passou vergonha. Sua deslumbrada esposa foi corrida por Narendra Modi ao tentar aparecer na foto oficial do encontro. Esta semana, em nova declaração, voltou a atenuar a atuação do Hamas e a atacar Israel, ao declarar que a resposta de Israel ao ataque do grupo militante Hamas foi tão grave quanto foi a ação da organização palestina, pois as forças israelenses estariam matando civis sem nenhum critério. Consolidou a volta triunfal do “anão diplomático”.

STF

Parlamentares brasileiros entregaram à ONU um conjunto de denúncias sobre a situação dos presos do 8 de janeiro e sobre a atuação do STF no país. Desde 2020, o apelo a instâncias internacionais contra os abusos do Supremo Tribunal Federal tem sido frequentes. Em fevereiro daquele ano, o Instituto Nacional de Advocacia denunciou o ministro Dias Toffoli à Comissão Interamericana de Direitos Humanos, na OEA, por conta de uma decisão judicial na qual obtera acesso a dados sigilosos de cerca de 600 mil pessoas. No ano seguinte, o jornalista Allan dos Santos, denunciou ao mesmo órgão, após sofrer diversos tipos de inquéritos, censura e sanções, o ministro Alexandre de Moraes. No ano passado foi a vez da deputada Carla Zambelli, que censurada pelo TSE (um puxadinho do STF), levar seu caso ao conhecimento da OEA. Ainda no ano passado um grupo de advogados denunciou à Comissão Interamericana de Direitos Humanos uma série de abusos do STF, incluindo a gravíssima falta de acesso aos autos do processo. Os resultados das denúncias, na prática são pífios, mas servem para pouco a pouco irem alertando a comunidade internacional sobre o caos institucional no Brasil.

Ignorada

Levantamento feito pelo jornal Estado de São Paulo apontou que mais da metade dos recursos enviados ao STF são de questões trabalhistas. A Corte se transformou em instância de recursos das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho. As ações apontam que a JT não cumpre a Reforma Trabalhista aprovada no Congresso e sancionada pelo presidente da República. Era de se esperar. O exemplo de ignorar as leis vem de cima.

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