Saúde
Santa Casa terceiriza o Pronto Socorro

Divulgação - Simers protesta pelo pagamento dos salários dos médicos demissionários.
Mesmo com a demissão coletiva dos médicos lotados no Pronto Socorro Municipal (PS) por conta de atrasos nos salários, o serviço foi mantido a partir da contratação de profissionais de outros municípios.
Sem acordo entre os profissionais, representados pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) e o Hospital Santa Casa de Uruguaiana (HSCU), foi emitido aviso prévio de que o vínculo com a Instituição seria encerrado na segunda-feira, 29/9. O secretário municipal de Governo, Paulo Fossari, que fala em nome da Instituição, a Santa Casa contratou uma empresa de São Paulo, especializada na alocação desses profissionais, e resolveu o problema.
A gerente administrativa da instituição, Taziane Maciel, recém nomeada para o novo cargo criado pela nova administração hospitalar, informou que o atendimento é realizado por dois médicos, um na Área Amarela e outro na Área Vermelha, escalados em regime de 12 horas de trabalho por 36 horas de folga. Já o Pronto Atendimento destinado a convênios e atendimentos particulares, “permanece fechado para adequações, com previsão de reabertura na próxima quarta-feira, 8/10”. O serviço de Pronto Atendimento foi inaugurado pela gestão anterior, da enfermeira Thaís Aramburu, assessorada pela empresa GV Consluting, e segundo o novo administrador, Dionathan Nicorena, deixava um déficit de R$ 40 mil mensais.
Protesto
Ao longo desta sexta-feira, 3/10, o Simers expôs, na entrada principal do Pronto Socorro, na Rua Padre Anchieta, uma faixa de protesto com a inscrição “Aqui Médicos Trabalham Sem Receber”. O protesto aconteceu durante todo o dia.
De acordo com o diretor da Fronteira Oeste do Simers, Felipe Cunha, a situação coloca a assistência em saúde em risco. “Estamos esclarecendo à população que os profissionais que atendiam, hoje estão sem receber. A mobilização continuará até que os médicos tenham seus salários regularizados”, afirmou Cunha.
Fiscalização
Também nesta sexta-feira pela manhã, o Pronto Socorro foi alvo de fiscalização pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers). A inspeção verificou as condições de higienização das salas, medicamentos, leitos e cumprimento das normas éticas e legais para garantir um atendimento seguro e adequado, e foi acompanhada por uma equipe do Hospital e pelo diretor técnico, médico Luiz Antônio Marty. Segundo Maciel, a fiscalização ocorreu sem intercorrências, mas foi apontada a necessidade de o HSCU instalar um lavatório externo para o leito de isolamento do Pronto Socorro.
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