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POLÍCIA CIVIL

Operação Mavick desarticula rede de tráfico e lavagem de dinheiro

Divulgação/PCRS - Legenda: Celulares e documentos recolhidos na investigação comprovaram movimentação financeira irregular do grupo

Na manhã de quarta-feira, 1/10, a Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Bagé, desencadeou a Operação Mavick, que teve como objetivo enfraquecer um complexo esquema de lavagem de dinheiro vinculado ao tráfico de drogas. A ofensiva mobilizou cerca de 350 policiais civis em diferentes regiões do país.

Ao todo, foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e 70 ordens de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de mais de R$18 milhões em bens e contas bancárias. A ação resultou em cinco prisões, na apreensão de 20 veículos e no bloqueio de 63 contas bancárias utilizadas por “laranjas”.

As diligências ocorreram em sete Estados: no Rio Grande do Sul, nas cidades de Bagé, Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo, Lajeado, Campo Bom, Esteio, Charqueadas, Caxias do Sul, São Jerônimo, Pelotas, Montenegro e Uruguaiana; em Santa Catarina, em Itajaí, Navegantes, Joinville e Barra Funda; em São Paulo, em Osvaldo Cruz, São Bernardo do Campo e Cotia; no Paraná, em Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Maringá e Colombo; na Bahia, em Salvador; no Rio de Janeiro, em Itaboraí; e em Pernambuco, em São Lourenço da Mata.

Início da investigação

As apurações tiveram início após a polícia receber informações sobre a instalação de um laboratório para refino de cocaína em Bagé. Em novembro de 2023, uma operação policial apreendeu celulares de suspeitos, revelando indícios da atuação do grupo.

Em março de 2024, uma nova ofensiva confirmou a existência do laboratório, resultando na prisão em flagrante de cinco envolvidos, além da apreensão de drogas, insumos químicos, uma prensa e 11 celulares novos, que seriam introduzidos no sistema prisional por meio de drones.

Drones e movimentação financeira milionária

As investigações apontaram que um empresário de Santa Catarina, dono de uma oficina de manutenção de drones, tinha papel central no esquema. Ele adaptava os equipamentos para transportar drogas e celulares para dentro da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc).

O levantamento bancário revelou que o grupo movimentou valores incompatíveis com os rendimentos declarados, ultrapassando os R$18 milhões. Entre os principais alvos estão o líder da organização criminosa, já preso na Pasc, o fornecedor de drones, sua companheira e a responsável pelas operações financeiras.

Além dos quatro principais investigados, centenas de pessoas tiveram envolvimento identificado, com dezenas de contas bloqueadas contendo valores que variam entre R$30 mil e R$200 mil. O objetivo, segundo a Polícia Civil, é asfixiar financeiramente a organização e desestruturar sua rede de apoio.


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