URUGUAIANA JN PREVISÃO

Prevenção

Semana de Combate à Leishmaniose reforça prevenção

Divulgação - Atividades educativas reforçam prevenção e cuidados contra a leishmaniose, protegendo pessoas e animais.

Desde a última sexta-feira, 8/8, a Semana Nacional de Controle e Combate à Leishmaniose promove ações educativas e preventivas, envolvendo profissionais de saúde e médicos veterinários. As atividades incluíram visitas domiciliares, palestras em escolas e unidades de saúde, além da distribuição de materiais informativos para orientar a população sobre a prevenção da doença, que já registrou casos humanos na cidade. 

 A leishmaniose visceral (LV) é uma zoonose transmitida pelo mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis), que afeta humanos e cães. Crianças e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis, e a doença pode levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoce. Em áreas urbanas, o cão é o principal reservatório do protozoário. 

Situação epidemiológica 

Desde 2009, Uruguaiana é considerada área de transmissão da doença, com registro de casos humanos e caninos e presença do vetor em diversos bairros. Entre 2011 e 2024, foram notificados quatro casos humanos: um em 2011 (bairro Mascarenhas de Moraes), dois em 2016 (bairro São Miguel) e um em 2023 (bairro Santana). 

No mesmo período, a Vigilância Ambiental em Saúde (VIAM) testou 2.955 cães, dos quais 1 733 (59,4%) tiveram resultado positivo para leishmaniose visceral canina (LVC) por teste rápido, confirmado posteriormente por ELISA. A doença apresenta ampla distribuição na área urbana e ocorre de forma pontual nos distritos do interior. 

Ações e medidas preventivas 

Durante a semana, os profissionais orientaram sobre prevenção em humanos e animais, além do manejo ambiental. 

Para humanos: diagnóstico precoce, uso de mosquiteiros e repelentes, telar portas e janelas, evitar exposição ao mosquito à noite. No manejo ambiental são indicadas: limpeza de quintais, terrenos e praças, descarte adequado de resíduos orgânicos, redução de umidade e sombra excessiva. Para cães a indicação é posse responsável, instalação de telas em canis, uso de coleiras ou produtos repelentes. 

A médica veterinária Laura Massia reforça a importância da prevenção: “O que mais gostaria de destacar é que os tutores de cães invistam na compra de coleiras repelentes. Com a chegada da primavera e do verão, os mosquitos-palha, vetores da leishmaniose, se multiplicam mais. Esse é o momento de quem tem cão se organizar e proteger os animais, porque a coleira repelente é a principal medida de prevenção da doença.” 

A participação da comunidade é fundamental para reduzir a transmissão da doença. O engajamento aliado às ações preventivas reforça a importância da detecção precoce e da colaboração entre população e profissionais de saúde. 

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