URUGUAIANA JN PREVISÃO

Julho

Roubo e abigeato caem, mas tráfico de drogas cresce mais de 80%

Ilustração/Pexels. - Tráfico em alta em julho, aponta SSP.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP) divulgou nesta sexta-feira, 22/8, os indicadores criminais referentes ao mês de julho. Os dados, monitorados mensalmente, servem de base para orientar as estratégias de atuação das forças policiais em todo o estado. 

Em Uruguaiana, o levantamento apresenta um cenário misto, com quedas expressivas em alguns delitos e crescimento preocupante em outros. O destaque negativo ficou para o tráfico de drogas, que apresentou alta de 83,33%: foram 12 ocorrências em 2024, contra 22 neste ano. Também chamam atenção os registros de estelionato, que passaram de 51 para 58 casos, um crescimento de 13,73%. 

Por outro lado, os crimes patrimoniais apresentaram redução significativa. Os furtos caíram 18,84%, saindo de 69 ocorrências no ano passado para 56 em julho deste ano. Já os roubos apresentaram a queda mais acentuada, de 66,67%. De 12 registros em 2024 para apenas quatro em 2025. Casos de abigeato também reduziram em 60%, passando de cinco para dois. 

Outros indicadores mostram avanços no combate à criminalidade. Os furtos de veículos, que haviam contabilizado três ocorrências em julho de 2024, zeraram neste ano. Delitos relacionados a armas e munições tiveram retração de 62,5% (de oito para três) e a posse de entorpecentes caiu 28,57% (21 registros em 2024, frente a 15 em 2025). Tanto homicídios dolosos quanto latrocínios não tiveram ocorrências em julho de ambos os anos. 

Violência contra mulher 

Nos indicadores de violência contra a mulher, o levantamento mostra uma alta de 22,22% nos crimes de ameaça, que subiram de 18 para 22 registros. Em contrapartida, houve redução significativa nos casos de lesão corporal, que passaram de 19 para oito, uma queda de 57,89%. Os registros de estupro permaneceram estáveis, com quatro casos em cada ano, e não houve feminicídios tentados ou consumados no período. 

Apesar dos números, especialistas alertam que a redução nas estatísticas não necessariamente reflete uma diminuição real na violência. A subnotificação ainda é uma barreira significativa no enfrentamento desse tipo de crime. Muitas mulheres deixam de registrar ocorrências por medo, vergonha ou falta de acesso a redes de apoio e mecanismos de proteção.  

Assim, embora os dados oficiais indiquem melhora, a realidade vivida por muitas vítimas pode não estar completamente representada nas estatísticas. A leitura dos números deve vir acompanhada de políticas públicas de prevenção, proteção e incentivo à denúncia, para que o combate à violência contra a mulher avance de forma efetiva.  


Roubo e abigeato caem, mas tráfico de drogas cresce mais de 80% Anterior

Roubo e abigeato caem, mas tráfico de drogas cresce mais de 80%

Mulher é presa por condenação de estupro de vulnerável Próximo

Mulher é presa por condenação de estupro de vulnerável

Deixe seu comentário