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Alarmante

Quase metade das mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência em 2024

Ilustração/Pexels - Maioria dos casos de agressão ocorreram na casa da vítima

Um levantamento divulgado em março de 2025 pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em parceria com o Instituto DataFolha e com apoio da Uber, revelou um cenário alarmante: quase 50% das brasileiras afirmaram ter sido vítimas de violência ao longo de 2024.  

 A pesquisa, intitulada “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil”, chega à sua 5ª edição e ouviu 2.007 entrevistadas com 16 anos ou mais em 126 municípios do país, entre os dias 10 e 14 de fevereiro deste ano. 

 O estudo, que contou com um questionário de aproximadamente 20 minutos, trouxe dados inéditos sobre diferentes formas de agressões enfrentadas por meninas e mulheres. Os índices atingiram o nível mais elevado desde 2017, marcando um retrocesso preocupante no enfrentamento à violência de gênero. 

 Tipos, perfil, agressores e locais 

 De acordo com a pesquisa, as situações mais frequentes foram as ofensas verbais, com 31% dos casos, seguidas por agressões físicas, registrando 17%, stalking/perseguição, 16%, violência sexual, 11% e exposição não autorizada de fotos ou vídeos íntimos na internet, 4% dos regristros. 

 A maioria dos episódios de violência foi praticada por pessoas próximas às vítimas. O parceiro íntimo aparece como principal autor, somam 40%, seguido de ex-parceiros, 27%. Casos envolvendo amigos ou conhecidos representam 8%, enquanto a violência praticada por pais ou mães chega a 5% dos dados. 

 O ambiente doméstico continua sendo o espaço mais perigoso para as mulheres, concentrando 57% dos casos registrados. Outros locais citados foram a rua, 12%, a internet e redes sociais, 5%, além de bares e festas, 3% e o trabalho, 2%. 

 A pesquisa também evidencia o recorte racial: 64% das vítimas são mulheres negras, enquanto 29% são brancas, 4% amarelas e 2% indígenas. Em relação à faixa etária, a maior incidência ocorre entre mulheres de 25 a 34 anos, com 28% dos registros, seguidas de 35 a 44 anos, em 23%, 45 a 59 anos, com 22%, 16 a 24 anos, em 17% e 60 anos ou mais, registrou 9% dos casos. 

 Crescimento preocupante 

 O levantamento mostra que, em 2025, os índices de vitimização feminina alcançaram o patamar mais alto desde o início da série histórica, em 2017. Os dados reforçam a urgência de políticas públicas efetivas para proteção, acolhimento e garantia de direitos das mulheres brasileiras. 


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