Crise
Santa Casa enfrenta incertezas no Pronto Socorro

Helena Biasi/JC - Na noite desta sexta-feira, 26/9, os médicos que haviam comunicado a rescisão de contrato à instituição
O Pronto Socorro da Santa Casa de Caridade de Uruguaiana vive um momento de incerteza. Na noite desta sexta-feira, 26/9, os médicos que haviam comunicado a rescisão de contrato à instituição ratificaram a decisão de deixar os plantões a partir da próxima segunda-feira, 29/9.
A medida foi deliberada em Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 21 de agosto e, segundo o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), decorre da ausência de propostas concretas da Santa Casa e da Prefeitura para resolver o impasse.
“O Simers já comunicou exaustivamente ao Município, hospital, Ministério Público e outros órgãos de que isso iria ocorrer”, afirmou o diretor da Fronteira Oeste da entidade, Felipe Rodrigues Cunha, que conduziu a reunião de sexta-feira.
A categoria reivindica regularidade no pagamento dos honorários, com prazo máximo de 30 dias, além da previsão de multa, juros e correção em caso de atrasos. Também pede a exclusão de cláusulas contratuais consideradas abusivas.
Contraponto
Em nota oficial divulgada neste sábado, 27/9, a Santa Casa de Uruguaiana assegurou que o atendimento do Pronto Socorro seguirá normalmente, sem prejuízos na quantidade ou qualidade dos serviços prestados.
A instituição informou que, após ter ciência da decisão definitiva dos médicos, iniciou a busca por uma nova equipe, que já estaria estruturada e pronta para assumir os atendimentos.
A direção aproveitou para agradecer à atual equipe médica pelos serviços prestados ao longo dos anos e reafirmou o compromisso histórico com a manutenção dos atendimentos.
Apesar da garantia da Santa Casa, o Simers anunciou que comunicará formalmente a direção do hospital de que não haverá médicos na escala do Pronto Socorro a partir da meia-noite de segunda-feira, 29/9.
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