Ocorreu nesta terça-feira, 23/6, a segunda edição do Seminário de Saúde Mental: Viver, Sentir e Pertencer. Organizado pela Secretaria Municipal de Saúde, o evento foi realizado no Teatro Municipal Rosalina Pandolfo Lisboa, das 8h às 17h30, e reuniu mais de 600 pessoas, incluindo profissionais de saúde, pesquisadores, gestores, acadêmicos e representantes da sociedade civil, promovendo debates sobre cuidado integral, prevenção e redes de apoio à população em todas as fases da vida. 

Durante a programação, o seminário apresentou atividades diversificadas, incluindo palestras, rodas de conversa e painéis interativos. Os participantes discutiram desde a infância até a velhice, abordando dimensões sociais, culturais e familiares da saúde mental. A iniciativa buscou fortalecer o diálogo, valorizar experiências de pertencimento e apresentar estratégias práticas para acolhimento e prevenção de transtornos psicológicos. 

Segundo a secretária de Saúde, Ane Barreto, o evento permitiu compartilhar saberes distintos e tornar visíveis questões frequentemente negligenciadas. Os debates reforçaram a importância da integração entre serviços de saúde, escolas, empresas e sociedade civil, mostrando que políticas preventivas e ações comunitárias são fundamentais para reduzir estigmas e ampliar o acesso a cuidados especializados. 

A Residência de Saúde Mental Coletiva da Unipampa foi parceira na realização do seminário, contribuindo para a formação de profissionais e a implementação de práticas centradas no paciente, em ações que conscientizem sobre a importância do cuidado psicológico contínuo. 

Dados do Ministério da Saúde apontam que políticas de atenção primária à saúde mental, quando articuladas com iniciativas comunitárias, reduzem significativamente as vulnerabilidades e promovem o bem-estar coletivo, refletindo positivamente em cidades como Uruguaiana. 

Com a conclusão da segunda edição, a expectativa da organização é dar continuidade às atividades e campanhas educativas ao longo do ano. O evento reforçou o compromisso de ampliar redes de apoio, fortalecer a prevenção e criar espaços permanentes de diálogo sobre saúde mental, promovendo um olhar mais humano e integral sobre a população. 

Segundo a enfermeira Elisa Rosa, coordenadora do Setor de Saúde Mental, as ações também estão sendo realizadas em outros ambientes: “Nas escolas, promovemos palestras e rodas de conversa sobre bullying, cyberbullying, depressão, ansiedade, sinais de alerta e acesso aos serviços de saúde mental. Já visitamos instituições e temos agendamentos até o final do mês”, afirmou Elisa. 

O Setor de Saúde Mental realiza ainda atividades em bairros, empresas e nas Estratégias de Saúde da Família (ESF), adaptando as palestras às necessidades locais. Para empresas interessadas em levar informações sobre saúde mental aos colaboradores, a equipe promove encontros e diálogos. O agendamento pode ser feito pelo WhatsApp (55) 98142-3562. 

Caps e apoio emocional 

Os Centros de Atenção Psicossocial (Caps II e Caps AD) oferecem atendimento gratuito a qualquer pessoa em sofrimento emocional ou psicológico. As unidades disponibilizam acompanhamento psiquiátrico, oficinas terapêuticas, atendimentos em grupo, ações culturais e integração com outras redes, priorizando a prevenção do suicídio. 

O Caps II – Asas da Liberdade atende pessoas em intenso sofrimento psíquico, enquanto o Caps AD – Álcool e Drogas é focado em pessoas com dependência química. 

Há ainda o CVV, que oferece atendimento gratuito, sigiloso e voluntário pelo telefone 188 ou pelo site www.cvv.org.br. O serviço funciona 24 horas.