O Ministério da Saúde anunciou a seleção de 501 médicos especialistas que irão atuar no país pelo programa Agora Tem Especialistas, destinado a ampliar o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Na Região Sul, serão 26 profissionais, e o Rio Grande do Sul será o estado com maior número de profissionais, recebendo 13 médicos. Infelizmente, nenhum deles vem para Uruguaiana, ao menos por enquanto. Os profissionais vão reforçar a rede pública em Santa Rosa (2), Novo Hamburgo (2), Santa Maria (2), Ijuí (2), Guaíba (2), Porto Alegre (1), Rio Grande (1) e Parobé (1). Em comparação, Santa Catarina receberá 11 médicos e o Paraná, apenas dois. 

Os médicos atuam vinculados aos hospitais dos municípios selecionados. Logo, é preciso que estas instituições se inscrevam no programa. De acordo com o administrador hospitalar Claudinei Valim, o Hospital Santa Casa de Uruguaiana se inscreveu no programa, mas aguarda que algum médico se habilite para a vaga disponibilizada. 

Os profissionais selecionados vão atuar em especialidades como cirurgia geral, ginecologia, anestesiologia e otorrinolaringologia, reduzindo a necessidade de deslocamento da população para grandes centros urbanos. No total do país, 67% dos médicos reforçarão o atendimento em cidades do interior, 25,7% estarão em áreas de alta ou muito alta vulnerabilidade, 20% na Amazônia Legal e 9% em áreas de fronteira. 

Com média de 12 anos de experiência, os especialistas fazem parte da primeira chamada do edital inédito que prioriza a contratação de médicos já formados para atuarem no SUS. Eles irão atender em 258 hospitais, policlínicas e centros de diagnóstico em todas as regiões. Segundo o administrador da Santa Casa, Claudinei Valim, o hospital se inscreveu no programa, mas aguarda algum médico se habilitar para vaga disponibilizada. 

Nacional 

Ao todo, 993 médicos se inscreveram, sendo que 501 iniciarão as atividades já em setembro e outros 400 permanecerão em lista de espera. Segundo a Demografia Médica 2025, apenas 10% dos especialistas atendem exclusivamente no SUS, e a maioria atua na rede privada. Entre os aprovados, 131 médicos (26%) sempre trabalharam apenas em hospitais privados e atenderão pela primeira vez pacientes da rede pública. 

Do total, 75% serão alocados em hospitais públicos para cirurgias, internações e tratamentos, enquanto 18% atuarão em ambulatórios, realizando consultas e exames como endoscopia, ecocardiograma e ultrassonografia. Os demais reforçarão unidades de apoio diagnóstico e terapêutico. 

Além disso, os selecionados participarão de 16 cursos de aperfeiçoamento, com formação prática na rede pública e mentoria de profissionais da Rede Ebserh e de hospitais do Proadi-SUS. A capacitação terá duração de 12 meses, com bolsa-formação de até R$ 20 mil, definida conforme a vulnerabilidade social e sanitária da região em que atuarem.