Na manhã desta terça-feira, 28/10, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizou a apreensão de 30 mil maços de cigarros de origem estrangeira durante operação de combate ao contrabando na BR-472, em Uruguaiana. O condutor, um homem de 55 anos, natural de Arroio do Tigre (RS), transportava a carga em uma caminhonete F250 emplacada em Boa Vista do Cadeado, adquirida em Santo Antônio das Missões e com destino previsto para Santana do Livramento. 

A fiscalização foi realizada durante operação de rotina da PRF voltada ao combate de crimes de contrabando e transporte ilegal de mercadorias. Ao ser abordado, o motorista apresentou documentos, mas os policiais constataram irregularidades na carga. O condutor possuía antecedentes por desacato e uso de documento falso, o que motivou a prisão em flagrante. Ele foi encaminhado à polícia judiciária de Uruguaian​a, juntamente com o veículo e os cigarros apreendidos. 

A carga estava distribuída em 60 caixas, totalizando 30 mil maços de cigarros, todos de origem estrangeira e sem registro aduaneiro. Segundo estimativas preliminares, o valor comercial da mercadoria ultrapassa R$ 500 mil.  

Rota e contexto do contrabando  

A Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, especialmente as rodovias BR-472 e BR-290, é tradicionalmente utilizada como rota para transporte de produtos ilegais, incluindo cigarros, bebidas e outros itens contrabandeados. O fluxo constante dessas mercadorias preocupa autoridades, pois representa risco à economia local, à arrecadação de impostos e à segurança nas rodovias federais. 

Nos últimos meses, a PRF intensificou fiscalizações na região, registrando apreensões significativas de cigarros contrabandeados. Em uma operação anterior, foram apreendidos 42 mil maços em um caminhão escondido sob carga de alfafa, enquanto outra ação resultou na retenção de 10,5 mil maços. Esses números demonstram o volume crescente do contrabando e a necessidade de monitoramento constante. 

O contrabando de cigarros compromete a arrecadação fiscal, prejudica o comércio legal e pode financiar outras atividades criminosas, segundo especialistas. Além disso, a circulação dessas mercadorias aumenta o risco de acidentes e de conflitos durante transporte irregular, reforçando a importância da presença da PRF nas rodovias da fronteira.