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Alerta

Casos de dengue crescem pela terceira semana consecutiva

Maria Alice da Silva - Depósitos móveis como baldes e pneus concentram mais da metade dos focos de Aedes

Casos de dengue seguem em alta pelo terceiro boletim semanal consecutivo, conforme dados oficiais divulgados em 5/8. O município já contabiliza 52 diagnósticos positivos entre 344 notificações, com 13 casos ainda em investigação. O avanço ocorre devido à combinação de fatores climáticos, alta infestação de criadouros do mosquito e a circulação de pessoas vindas de regiões com transmissão ativa. 

As altas temperaturas e chuvas frequentes criam um ambiente propício à proliferação do Aedes aegypti, transmissor da doença. Áreas alagadas, entulhos e acúmulo de água em locais inadequados favorecem a reprodução do vetor, o que mantém o risco de contaminação em níveis elevados. Em junho, o Índice de Infestação Predial atingiu 3,3%, ultrapassando o nível de alerta.  

Focos concentrados em áreas residenciais  

De acordo com a médica veterinária Laura Massia, coordenadora da Vigilância Ambiental em Saúde, o levantamento mais recente encontrou 198 focos de Aedes aegypti — sendo 191 em residências e sete em terrenos baldios. Os principais criadouros continuam sendo depósitos móveis, responsáveis por 51,8% dos focos identificados. 

Entre os depósitos móveis mais comuns, foram registrados: 48 focos em baldes de limpeza 

41 focos em pneus; 30 focos em plantas aquáticas; 21 focos em outros recipientes variados. Ela reforça que, mesmo com a chegada do inverno, o vírus permanece circulando e exige vigilância contínua. “Com a proximidade da primavera, os cuidados devem ser redobrados”, afirma. 

Fronteira e circulação aumentam o risco 

A intensa movimentação entre municípios e países vizinhos facilita a entrada de casos importados e aumenta a probabilidade de transmissão local. A cidade já enfrentou surtos recentes e, em 2025, número que tende a crescer nas próximas semanas. 

As equipes de saúde mantêm ações de combate ao vetor, como inspeções domiciliares, orientações à população e aplicação de inseticidas em áreas críticas. Apesar disso, especialistas alertam que o controle efetivo depende também do engajamento da comunidade. 

Massia destaca que o mosquito pode se reproduzir mesmo em baixas temperaturas, e que o combate exige ação coordenada: “O controle do Aedes aegypti depende da participação de todos. É uma responsabilidade coletiva”, reforça. Box 

Como prevenir a dengue 

  • Entre as orientações reforçadas pela Vigilância Ambiental estão: 
  • Cobrir bem caixas d’água e tonéis 
  • Eliminar recipientes com água parada 
  • Substituir a água dos bebedouros de animais com frequência 
  • Instalar telas nos ralos e vasos sanitários desativados 
  • Dar a destinação correta aos pneus e materiais descartáveis 
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