URUGUAIANA JN PREVISÃO

'Vidas que Ficam'

Município integra projeto da Defensoria que atende órfãos do feminicídio

Camila Schäfer - Uruguaiana está entre as cidades gaúchas atendidas pelo projeto que apoia filhos de mulheres vítimas de feminicídio.

Uruguaiana está entre as cidades gaúchas contempladas no projeto Vidas que Ficam, lançado pela Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE-RS) em 5/11. A ação busca garantir atendimento jurídico, amparo social e acesso a benefícios para crianças e adolescentes que ficaram órfãos em razão do feminicídio. 

A proposta visa à proteção integral das vítimas indiretas da violência de gênero, por meio da regularização da guarda, tutela ou curatela e do encaminhamento para a pensão especial prevista na Lei nº 14 717/2023. Os casos serão identificados ainda na esfera criminal pelos defensores e direcionados ao Núcleo de Defesa da Criança e do Adolescente (NUDECA), responsável por acompanhar cada processo. 

Além de Uruguaiana, o projeto-piloto abrange municípios atendidos pelas subseções da Justiça Federal no Estado, com atuação conjunta das unidades da Defensoria Pública da União (DPU) em Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria, Canoas, Bagé e Rio Grande. A expectativa é de que, futuramente, a iniciativa seja expandida para outras regiões gaúchas. 

Entre os principais eixos de atuação estão a identificação dos casos em parceria com a rede de proteção e as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs); o ajuizamento de ações de guarda, tutela ou curatela pela DPE-RS; o encaminhamento dos pedidos de pensão especial à DPU; e o acolhimento psicossocial às famílias. 

No mesmo dia do lançamento, foi firmado um termo de cooperação técnica entre a DPE-RS e a DPU, que deve agilizar o trâmite de requerimentos administrativos e ações judiciais referentes à pensão. O projeto será coordenado pelo NUDECA da Defensoria gaúcha e pela Câmara de Coordenação e Revisão Previdenciária da DPU, com atuação colaborativa entre as instituições. 

Também estão previstas ações de comunicação e sensibilização, com materiais informativos e campanhas voltadas à população e aos órgãos públicos, para fortalecer a articulação interinstitucional e divulgar os direitos das crianças e adolescentes órfãos do feminicídio. 

Com a parceria, as Defensorias pretendem reduzir o tempo de tramitação dos processos de guarda e pensão, ampliar o acesso aos benefícios e fortalecer a rede de proteção em todo o Estado, incluindo municípios da Fronteira Oeste. “O feminicídio é uma tragédia que interrompe vidas e desestrutura famílias. O projeto Vidas que Ficam nasce do compromisso de assegurar que nenhuma criança ou adolescente fique sem o amparo e a proteção do Estado”, afirmou a dirigente do NUDECA, Paula Simões Dutra de Oliveira. 


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