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Política

Fórum da Tríplice Fronteira reuniu autoridades e lideranças em Uruguaiana

Helena Biasi/JC - Evento lotou o salão dos espelhos do Clube Comercial, na tarde de sábado

No sábado, 23/8, o núcleo municipal do Partido Novo realizou o 1º Fórum da Tríplice Fronteira, no Clube Comercial. Com a plateia lotada, o evento reuniu políticos lideranças políticas, empresários, produtores rurais e profissionais ligados ao comércio, transporte internacional e agronegócio. O objetivo foi debater a liberdade econômica e seu impacto em três setores estratégicos da região: comércio, transporte internacional e agronegócio. O foco foi discutir caminhos para reduzir burocracia, ampliar a competitividade e impulsionar o desenvolvimento da Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. 

Entre as autoridades presentes estiveram o deputado federal Marcel van Hattem, que foi ovacionado pelo público presente; o deputado estadual Felipe Camozzato; o ex-deputado estadual e secretário municipal de Parcerias de Porto Alegre, Giuseppe Riesgo; e os vereadores de Porto Alegre Tiago Albrecht e Ramiro Rosário; e de Santa Maria, Luiz Roberto Meneghetti; além do presidente estadual do Novo, Marcelo Slaviero. 

A abertura oficial foi conduzida pelos coordenadores do NOVO Uruguaiana, Julierme Santos e Paulo Chiarelli, ao lado de Slaviero. Durante a tarde, os participantes puderam acompanhar três painéis temáticos, além de um espaço de networking. O encerramento contou com falas de mandatários e pré-candidatos do Partido Novo, que abordaram os desafios e perspectivas para as eleições de 2026. 

A importância do debate 

Em entrevista exclusiva ao CIDADE, Marcel van Hattem falou sobre a importância do evento e do que foi debatido nele. 

“Quero agradecer os filiados, ao Novo aqui de Uruguaiana, quem ajudou a organizar esse evento porque ele foi bem diferente dos outros eventos que estamos acostumados, e não falo somente o Novo. Políticos em geral estão acostumados com eventos apenas de filiados, em que deputados falam para os seus próprios eleitores e colegas de partido. Aqui nós tivemos um evento mais aberto, com painéis, inclusive, com pessoas que não são filiados, com pessoas interessadas em trazer demandas.  E isso é uma política diferente do que nós estamos acostumados. Deputados ouvirem as demandas, absorverem, até às vezes críticas – isso é normal – para que a gente possa traçar os rumos”, avaliou. 

O Deputado destacou a inda a importância de estar em Uruguaiana e “conhecer onde aperta o calo de cada empreendedor, de cada cidadão, inclusive da Prefeitura”, disse. “Fiquei muito contente com a participação do prefeito do início ao fim do evento. É um amigo meu de muitos anos”, disse van Hattem. 

Como demandas, Marcel van Hattem destacou o os desafios na área de infraestrutura. “Concessões que precisam ser feitas, a questão da ferrovia aqui para a Uruguaiana, que foi destacada. É algo que a gente já leva de concreto para batalhar, para reativar essa ligação ferroviária importantíssima. A questão aeroviária também, o aeroporto. Expliquei aqui o motivo que infelizmente não há tantos voos como poderia haver, inclusive uma conexão de novo com São Paulo, que é algo que Uruguaiana busca já há bastante tempo, e a gente vai batalhar para que seja viabilizado”. 

Outro ponto importante destacado pelo Deputado diz respeito a área tributária. “Os nossos arrozeiros lamentam muito o fato de que muito arroz vem de fora e tem uma competitividade maior por pagar menos imposto do que quem produz aqui. Isso é um absurdo! E eu não quero botar imposto no arroz de fora, não. Eu quero tirar imposto do arroz que é produzido aqui no Brasil, porque nós precisamos ter igualdade de competição.  E isso é uma bandeira que o Novo sempre vai trazer, até porque o consumidor lá na ponta, o cidadão, quer o produto mais barato.  E não tem sentido o governo prejudicar o produtor uruguaianense, o produtor gaúcho, com impostos mais altos do que aqueles que ele cobra de quem exporta o arroz para o Brasil”, pondera. 

Por fim, van Hattem falou sobre a importância de se trabalhar políticas de integração com o país vizinho. 

“Falta conexão entre os dois lados da fronteira. Uma pessoa que vem a Uruguaiana visitar e aluga um carro não pode cruzar a fronteira com o carro alugado. Isso é um absurdo! Em que ano nós estamos vivendo?  Se não me engano, desde 1948 a União Europeia começou a abrir fronteira. Você circula pelo continente todo – às vezes, quando é um país do leste europeu você pode pagar uma taxa a mais para cruzar com carro alugado, mas não é proibido. Esse é só um exemplo de como falta conexão aqui e nós precisamos batalhar para que essa conectividade aduaneira seja muito maior e o Mercosul seja uma união de países de verdade, e não essa ficção que a gente vive hoje, e que às vezes até mais atrapalha do que ajuda”., finalizou. 


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