Nova raça
Arco inicia criação de diretrizes específicas para julgamentos da Soinga

Divulgação - Inspetores técnicos da entidade estão trabalhando o nivelamento sobre padrão racial e manejo
A Soinga, nova raça de ovinos recentemente homologada pelo Ministério da Agricultura, já participa de exposições e julgamentos na região Nordeste. Com isso, surge a necessidade de criação de critérios específicos. A Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco) deu início às discussões sobre o tema do nivelamento de padrão racial e manejo.
Ana Luiza Guerreiro, que juntamente com Cláudio Adriano Lima e Karoline Lopes, trabalhou no processo de homologação da raça, explica que é preciso criar o Conselho Deliberativo Técnico e, posteriormente ou concomitante, um colegiado de jurados. "Nossa preocupação é justamente que sejam uniformizados os julgamentos de classificação e, antes disso, formalizado o que queremos para a raça e, o que vamos priorizar no julgamento, se é a raça, se é aprumos, se é desenvolvimento, se é aspectos reprodutivos", explica.
A inspetora diz, ainda, que querem aproveitar que estão começando a tatuar os animais puros para que se tenha uma padronização de fenótipos, das características raciais voltadas, com certeza, para a funcionalidade e desenvolvimento econômico do genético da raça. Recentemente, ela acompanhou um dos julgamentos que já ocorrem no país. Foi na Festa do Bode, em Mossoró (RN).
Conforme a superintendente de Registro Genealógico da Arco, Magali Moura, cerca de 20 inspetores acompanharam, de forma virtual, uma reunião focada na raça Soinga. "Os técnicos que participaram da formação da raça apresentaram o padrão racial para os demais. Foi muito importante para que todos possam atuar em campo com animais Soinga", explica.
Cláudio Adriano Lima pontua que, durante o processo de homologação, foi observado que a raça Soinga vinha para contribuir na geração de emprego e renda na região semiárida, onde está bem adaptada, produzindo e se reproduzindo. O inspetor técnico destaca o que chamou de olhar empreendedor da Arco no sentido de fomentar a ovinocultura através da diversidade das raças ovinas, em todas as regiões do Brasil, através do seu corpo técnico, gerando emprego e renda. "É muito importante o corpo técnico da Arco sempre estar sendo capacitado e treinado nas novas raças e nos procedimentos de registro genealógico", afirma.
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