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Federação debate crise do arroz com governo federal

Divulgação - Setor arrozeiro gaúcho busca alternativas para enfrentar preços desfavoráveis e estoques elevados

Na última sexta-feira, 6/6, representantes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) se reuniram com o presidente da a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, em Porto Alegre, para tratar da crise que afeta o setor arrozeiro. O objetivo principal do encontro foi discutir os preços do arroz, atualmente em R$68,84 por saca de 50 kg, portanto, abaixo do custo de produção, estimado em R$90. 

Durante o encontro, a Federarroz destacou as principais queixas dos produtores: a queda dos preços pagos e o excesso de oferta no mercado interno. A produção nacional atingiu 14,2 milhões de toneladas, enquanto a demanda é de 12,2 milhões, resultando em estoques recordes superiores a dois milhões de toneladas. 

Entre os fatores que contribuem para a crise estão o aumento da área plantada, a maior produtividade, o enfraquecimento da demanda interna, as exportações abaixo do esperado e os preços internacionais em baixa. Essa situação tem causado dificuldades de liquidez financeira para os produtores, que enfrentam problemas para honrar seus compromissos. 

Como resposta, foram anunciadas algumas medidas e ações em estudo pelas autoridades. Está marcada uma reunião interministerial em Brasília, com os Ministérios da Fazenda, da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, da Casa Civil e a Conab, para buscar soluções que possam equilibrar a oferta e a demanda e apoiar os produtores. 

Também está em análise a implementação de novos contratos de opção de venda para aquisição de arroz, com o objetivo de regular o mercado. Além disso, a Conab se comprometeu a manter o diálogo contínuo com o setor para monitorar a situação e adaptar as medidas conforme necessário. 

Paralelamente, a Federarroz negocia com instituições financeiras, como Banrisul, Banco do Brasil e Sicredi, para possibilitar o escalonamento dos pagamentos dos financiamentos de custeio, buscando aliviar a pressão financeira sobre os arrozeiros. 


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