Clima
Chuvas intensas impactam manejo de arroz na Fronteira Oeste

Ilustração/Pexels - A sequência de dias chuvosos, com volumes expressivos acumulados, impediu o acesso às lavouras
O mais recente relatório conjuntural divulgado pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS-Ascar) destaca os efeitos das chuvas persistentes no desempenho das atividades agrícolas no Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste. No cultivo do arroz, embora a produtividade tenha sido estimada em 8 558 kg/ha, o excesso de precipitações tem dificultado os trabalhos de campo voltados à próxima safra.
Na região administrativa de Bagé, que é responsável pela região da Fronteira Oeste e Campanha, os serviços de manejo das restevas e o preparo antecipado do solo praticamente não avançaram. A sequência de dias chuvosos, com volumes expressivos acumulados, impediu o acesso às lavouras. Em contrapartida, na Fronteira Oeste, as barragens apresentaram recuperação significativa, graças aos mais de 400 milímetros de chuvas registrados em diversos municípios durante o mês de maio. Em Itaqui, algumas localidades somaram mais de 600 mm de precipitação no período.
Em relação à batata-doce, a colheita na região de Bagé já alcançou 70% da área cultivada, que totaliza 25 hectares. Apesar das chuvas volumosas e constantes, não houve registro de doenças relacionadas ao excesso de umidade, e a produção apresenta qualidade considerada satisfatória. A comercialização está concentrada nos municípios de Uruguaiana e Itaqui, com preço médio de R$ 2,50 por quilo.
Preço da saca de arroz cai
O relatório também aponta nova queda no preço médio da saca de arroz. De acordo com o levantamento semanal da Emater/RS-Ascar, o valor recuou 3,29% em relação à semana anterior, passando de R$ 73,65 para R$ 71,23. Com a safra encerrada, muitos produtores optam por postergar a venda dos grãos, na expectativa de melhores cotações nas próximas semanas.
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