feminicídio
Preso homem que assassinou ex-companheira em Alegrete

Ilustração/Gemini - A jovem tinha três filhos e um histórico de relacionamento abusivo com o suspeito, marcado por agressões, uso de drogas e ausência de denúncias formais, apesar de atendimentos anteriores pela polícia.
No domingo, 3/8, foi preso o homem suspeito de assassinar Eduarda Carvalho dos Santos, de 21 anos, em Alegrete. Lucas Ribeiro Padilha, de 28 anos, conhecido como “Nego”, foi localizado pela Brigada Militar no distrito de Passo Novo, zona rural do município. O crime ocorreu na última quinta-feira, 31/7, no bairro Tancredo Neves. A prisão é temporária, deferida a pedido da delegada de Polícia Civil, Fernanda Mendonça, após a identificação de Lucas como principal suspeito.
Durante a abordagem, Lucas tentou resistir à prisão, segundo a delegada. “Ele atacou os policiais militares com uma faca e precisou ser contido com um disparo na perna”, explicou. Os agentes também utilizaram um taser antes de efetuar o tiro. Ninguém da equipe policial ficou ferido.
Após ser atendido em unidade de saúde, o suspeito foi conduzido à Delegacia de Polícia e, posteriormente, encaminhado ao Presídio Estadual de Alegrete, onde permanece à disposição da Justiça. A Polícia Civil informou que o caso está sendo tratado como feminicídio e reforçou a importância de denúncias para o enfrentamento à violência contra a mulher.
De acordo com Mendonça, o corpo de Eduarda foi encontrado com 127 perfurações causadas por uma faca de cozinha, confirmado também com o laudo de necropsia do Instituto-Geral de Perícias (IGP). As investigações seguem em andamento e incluem a coleta de depoimentos de testemunhas e familiares da vítima.
Familiares do suspeito relataram que ele tem histórico de transtornos mentais e que, na infância, passou por atendimento na APAE de Alegrete. Segundo a mãe, ele abandonou o tratamento e passou a fazer uso de drogas nos últimos anos.

O assassinato
Eduarda foi encontrada morta na tarde de quinta-feira, 31/7, dentro da casa onde morava com o companheiro e a sogra, no bairro Tancredo Neves. O corpo da jovem apresentava múltiplas lesões, com cortes no rosto e no abdômen, e foi localizado pelo cunhado, que acionou a Brigada Militar.
De acordo com relatos de familiares e vizinhos, o casal tinha um histórico de conflitos e uso de drogas. Na semana anterior ao crime, a Brigada Militar chegou a ser chamada para uma ocorrência envolvendo os dois, mas Eduarda não registrou queixa. A jovem era conhecida por vender doces e pedir doações nas ruas da cidade ao lado do companheiro, com quem tinha três filhos.
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