Genética
IGP integra campanha para coleta de DNA de familiares de desaparecidos

Divulgação/IGP - O Estado é um dos estados que mais contribuem com dados no Banco Nacional de Perfis Genéticos.
Começa nesta terça-feira, 5/8, a Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) do Rio Grande do Sul está participando da ação, que se estende até dia 15 deste mês.
A iniciativa, promovida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), busca ampliar os esforços para identificação de pessoas desaparecidas por meio da comparação de perfis genéticos. Durante esse período, diferentes locais de coleta estarão disponíveis em todo o país, com a lista completa sendo divulgada no site oficial do MJSP.
Esta é a terceira edição da campanha, que já demonstrou resultados concretos. Em 2024, foram obtidas 1.645 amostras, contribuindo para o reconhecimento de 35 pessoas. No Rio Grande do Sul, três casos foram solucionados graças ao trabalho conjunto entre órgãos de segurança e o banco de dados genéticos.
Além de recolher novas amostras de DNA, a ação também organiza uma força-tarefa nacional para acelerar a análise de materiais já armazenados. A coordenação geral é da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), com apoio de laboratórios forenses, delegacias especializadas e instituições estaduais de perícia.
O Estado é o quarto estado com maior número de contribuições ao Banco Nacional de Perfis Genéticos, conforme dados da Rede Integrada de Perfis Genéticos. Somente por meio dessa tecnologia, o IGP já foi responsável pela identificação de mais de 100 restos mortais, oferecendo respostas a familiares que aguardavam há anos por esclarecimentos.
Como funciona a coleta
A participação de familiares é essencial para o avanço nas investigações. O material genético é coletado de forma simples e indolor, com um cotonete passado na parte interna da bochecha ou por meio de uma pequena amostra de sangue extraída do dedo. Os dados obtidos são utilizados exclusivamente para fins de identificação de pessoas desaparecidas.
A prioridade para doações segue a seguinte ordem de parentesco biológico: filhos(as) e o outro genitor, pais biológicos e irmãos biológicos (filhos do mesmo pai e da mesma mãe).
A campanha é uma oportunidade para transformar a ciência em instrumento de justiça e acolhimento. Quanto maior a adesão, maiores são as chances de dar fim à angústia que milhares de famílias enfrentam diariamente.
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