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Vaga de ministra

TST forma lista tríplice composta exclusivamente por mulheres

Bárbara Cabral/TST - Sessão do Tribunal Pleno que definiu a lista tríplice.

Em uma votação secreta realizada nesta terça-feira, 11/11, o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho (TST) definiu os três nomes que compõem a lista tríplice destinada ao preenchimento da vaga de ministra aberta com a aposentadoria do ministro Aloysio Corrêa da Veiga. Pela primeira vez, a lista é formada exclusivamente por mulheres da magistratura de carreira. 

As desembargadoras Margareth Rodrigues Costa, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 5ª Região da Bahia, Maria de Nazaré Medeiros Rocha, do TRT da 8ª Região do Pará/Amapá, e Márcia Regina Leal Campos, do TRT da 1ª Região do Rio de Janeiro, foram as escolhidas para concorrer à nomeação. 

A relação será encaminhada ao presidente da República, responsável por indicar uma das magistradas. Após a escolha presidencial, a indicada será sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal. Se aprovada, o nome seguirá para votação em plenário antes da nomeação oficial. 

No mês de outubro, o TST recebeu inscrições de 23 candidaturas vindas dos Tribunais Regionais do Trabalho, oito desembargadoras e quinze desembargadores. Após análise e votação interna, o tribunal decidiu por uma lista inteiramente feminina, ressaltando a representatividade das mulheres na magistratura trabalhista. 

Trajetórias das candidatas 

Natural de Salvador (BA), Margareth Rodrigues Costa iniciou sua carreira na magistratura em 1990. Desde 2014, atua como desembargadora do TRT da 5ª Região, após promoção por merecimento. Já ocupou a direção da Escola Judicial do tribunal entre 2017 e 2019 e foi convocada diversas vezes para exercer funções no próprio TST. Atualmente, integra a 1ª Turma, a Subseção de Uniformização da Jurisprudência e a SEDI-2 do TRT-5. 

Com ingresso na Justiça do Trabalho em 1994 como juíza substituta no TRT da 8ª Região (PA/AP), Maria de Nazaré construiu carreira sólida em diferentes unidades jurisdicionais. Atuou nas Varas do Trabalho de Laranjal do Jari, Macapá, Breves, Castanhal e Belém. Em 2022, foi promovida ao cargo de desembargadora, consolidando quase três décadas de dedicação à magistratura trabalhista. 

Desembargadora do TRT da 1ª Região desde 2023, Márcia Regina iniciou sua trajetória no tribunal carioca em 1990, como servidora. Aprovada no concurso da magistratura, assumiu o cargo de juíza substituta em 1993, atuando em diversas localidades do Rio de Janeiro. Em 1998, tornou-se juíza titular da então 33ª Junta de Conciliação e Julgamento da capital. Em 2019, foi removida para a 1ª Vara do Trabalho de Teresópolis, onde permaneceu até ser promovida ao cargo atual. 

A formação da lista tríplice apenas com mulheres foi vista como marco dentro da Justiça do Trabalho, tradicionalmente composta majoritariamente por homens em seus cargos mais altos. 


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