Alto Índice
Município chega a 50 casos de dengue

Divulgação - Baldes e vasos continuam sendo os principais focos do mosquito
Mais quatro casos de dengue foram confirmados nesta semana, elevando para 50 o número total de casos da doença registrados em 2025 no município. Os dados constam no boletim divulgado nesta terça-feira, 29/7, pela Vigilância Epidemiológica. Desde o início do ano, foram feitas 331 notificações — 276 já descartadas, cinco ainda em investigação. Apenas um paciente precisou ser internado e recebeu alta em abril. Não há registro de óbitos.
Esta foi a segunda semana seguida com registro de novos casos – na semana passada foram três casos.
Alto risco
O mais recente Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa), realizado em maio, revelou alto risco de infestação do mosquito em todas as áreas monitoradas da cidade – o levantamento divide Uruguaiana em cinco estratos. O resultado apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 8,8%, caracterizando alto risco para transmissão de arboviroses como dengue, zika e Chikungunya. De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, o IIP de até 1% é considerado baixo risco; IIP entre 1% e 3,9% é considerado médio risco; e IIP de 4% ou mais é considerado alto risco. O resultado do novo levantamento, portanto, aponta que o município está em uma situação de alto risco e uma alta probabilidade de surto de dengue.
Por isso, é fundamental que ações de controle e prevenção sejam intensificadas.
Focos de mosquito
De acordo com a médica veterinária Laura Massia, coordenadora da Vigilância Ambiental em Saúde, o levantamento encontrou 198 focos de Aedes aegypti – 191 em residências e sete em terrenos baldios. Depósitos móveis continuam sendo os principais criadouros do Aedes aegypti, responsáveis por 51,8% dos focos identificados. Dentre estes, foram encontrados 48 focos em baldes de limpeza, 41 focos em pneus, 30 focos em plantas aquáticas, além de 21 focos.
Diante desse cenário, equipes da Secretaria de Saúde intensificam as visitas domiciliares, as vistorias em pontos estratégicos e as ações educativas para sensibilizar a população. Embora o monitoramento técnico seja diário e contínuo, os profissionais reforçam que a colaboração da comunidade é essencial para romper o ciclo de reprodução do mosquito.
Como prevenir
Entre as orientações à população estão: cobrir caixas d’água e tonéis, eliminar recipientes com água parada, substituir a água dos bebedouros de animais com frequência, instalar telas nos ralos e dar a destinação correta aos pneus e materiais descartáveis.
Apesar da situação estar sob controle, os índices de infestação apontam que o risco de transmissão continua presente e exige atenção permanente.
Com a proximidade da primavera — estação propícia à proliferação do mosquito —, as autoridades de saúde reforçam a importância dos cuidados preventivos, como evitar água parada e eliminar objetos que possam acumular líquidos. A constância nos registros de novos casos mesmo durante o inverno indica que o vírus segue em circulação e requer vigilância redobrada.
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