Ciência e Inovação
IFFar tem cinco projetos de pesquisa aprovados em edital da Fapergs

Ilustração/Pexels. - Pesquisas desenvolvidas por docentes buscam soluções inovadoras em diferentes áreas do conhecimento.
O Instituto Federal Farroupilha (IFFar) conquistou importante reconhecimento acadêmico com a aprovação de cinco projetos de pesquisa na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs). A chamada pública destina recursos para apoiar doutores em início de carreira, com o objetivo de fortalecer a produção científica e tecnológica no estado.
Ao todo, a Fapergs investirá R$60 milhões em propostas selecionadas. Cada projeto pode receber até R$50 mil para execução ao longo de dois anos. Entre os projetos contemplados, está a pesquisa coordenada pela professora Camila Colleto, do Campus Júlio de Castilhos, que vai investigar como os Parques Científicos e Tecnológicos funcionam como vetores de inovação no agronegócio gaúcho.
O estudo analisará os mecanismos que favorecem ou dificultam a transferência de conhecimento e tecnologias para pequenos e médios produtores rurais, além de propor estratégias que ampliem o impacto das inovações em comunidades do campo. A proposta receberá investimento de R$38 mil, destinados a bolsas de pesquisa, diárias e compra de equipamentos.
No campus Panambi, o professor Felipe Ketzer coordena o desenvolvimento de um material, produzido a partir do resíduo de bagaço de malte, que poderá remover da água o herbicida 2,4-D, substância amplamente utilizada em plantações de soja e trigo e considerada um contaminante preocupante. A pesquisa prevê a produção do composto com trióxido de tungstênio e ensaios físico-químicos em laboratório para verificar a eficiência na eliminação do poluente. O projeto contará com R$43,5 mil de investimento na aquisição de equipamentos.
Outro estudo aprovado é o do professor Gabriel Maçalai, do campus Santo Augusto, que examinará de que forma práticas antigas de uso pessoal da máquina pública, como patrimonialismo, clientelismo e favorecimento político, ainda dificultam o acesso igualitário aos direitos e serviços básicos no Brasil. A pesquisa pretende identificar limites institucionais e apontar estratégias de gestão pública mais justas e eficientes, que fortaleçam a cidadania e aumentem a confiança da população no Estado. Para o desenvolvimento das atividades, serão destinados R$16 mil, aplicados em bolsas de iniciação científica e compra de materiais.
Já no campus São Borja, o professor Rafael Parizi coordena um projeto que investiga as possibilidades e os desafios do uso de inteligência artificial generativa no ensino de desenvolvimento de software. A pesquisa vai analisar como ferramentas de IA podem apoiar o aprendizado, a motivação dos estudantes e o trabalho colaborativo, além de produzir materiais de apoio gratuitos para professores e promover oficinas práticas sobre o uso ético da tecnologia. O projeto terá R$42,5 mil de investimento para compra de equipamentos e materiais de consumo.
Por fim, o professor Bernardo Hentz, do campus Alegrete, também teve sua proposta selecionada. O estudo se dedica ao desenvolvimento e otimização de modelos de reconhecimento automático de fala (ASR) baseados em transformers. A iniciativa busca aprimorar a precisão dos sistemas de processamento de áudio e fala, com potencial aplicação em acessibilidade, educação e atendimento digital.
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