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Atendimento a mulher

Deam prende acusado de descumprir medida protetiva

Um homem de 30 anos foi preso pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) na manhã desta sexta-feira, 24/11. A ação foi coordenada pela delegada Caroline Bortolotti Huber, titular da especializada. A prisão é preventiva, por ordem expedido pela 2ª Vara Criminal de Uruguaiana a pedido da Delegada. O homem é acusado de descumprir medida protetiva contra a ex-companheira. 

Conforme Caroline, o suspeito vinha descumprindo reiteradamente as medidas com perseguições, tentativas de contato com a vítima e familiares e ameaças. Além disso, na madrugada do dia 13 de novembro, a vítima teria sido acordada com o suspeito apedrejando sua janela. 

O preso, que possui extensa folha de antecedentes policiais pelos crimes de descumprimento de medidas protetivas, lesão corporal, ameaça, entre outros, foi interrogado e, após os trâmites legais, encaminhado à Penitenciária Modulada de Uruguaiana, onde permanecerá à disposição da Justiça. 

Seis em cada 10 vítimas não denunciam 

Mais de 60% das mulheres que sofreram violência doméstica e familiar não fizeram denúncia formal às autoridades policiais. O alto índice de subnotificação policial de casos no Brasil será revelado pelo Mapa Nacional da Violência de Gênero, projeto em parceria entre o Instituto Avon, o Observatório da Mulher Contra a Violência (OMV) do Senado Federal e a organização de jornalismo de dados Gênero e Número. A plataforma reúne os principais dados nacionais públicos e indicadores de violência contra as mulheres e será lançada dia 22 de novembro no Senado Federal, em Brasília. 

Além da disparidade entre os registros policiais e o tamanho do fenômeno no Brasil, o Mapa também apresenta o Índice de Subnotificação Desconhecida, situação em que a mulher não nomeia a violência doméstica e familiar como tal, mas, quando apresentada a exemplos, admite já ter passado por violências. Segundo os dados, três em cada dez mulheres brasileiras que não admitiram espontaneamente terem passado por algum tipo de violência, quando questionadas sobre situações específicas, admitem terem vivido situações de violência nos últimos 12 meses - o que sugere que os números de violência são maiores. "Acreditamos que o enfrentamento da violência contra a mulher tenha no lançamento do Mapa Nacional da Violência de Gênero um marco histórico, em cumprimento ao artigo 8º da Lei Maria da Penha que prevê a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas. Por isso, o lançamento desta plataforma interativa é tão importante para pautarmos políticas públicas e ações focadas no enfrentamento das violências contra mulheres e meninas. A plataforma só foi possível graças a uma colaboração intensa e profícua entre o setor público (Senado) e organizações privadas como o Instituto Avon e a Gênero e Número", afirma a Diretora Executiva do Instituto Avon, Daniela Grelin. 


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