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Liraa
Uruguaiana tem alto risco para dengue

Divulgação - Levantamento revela maior infestação no centro e foco em criadouros móveis
Agentes de endemias da Vigilância Ambiental da Secretaria de Saúde de Uruguaiana realizaram, entre os dias 12 e 16 a segunda edição deste ano do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (Liraa). Os dados, porém, foram disponibilizados somente agora. O resultado apontou um Índice de Infestação Predial (IIP) de 8,8%, caracterizando alto risco para transmissão de arboviroses como dengue, zika e Chikungunya.
De acordo com os parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde, o IIP de até 1% é considerado baixo risco; IIP entre 1% e 3,9% é considerado médio risco; e IIP de 4% ou mais é considerado alto risco. O resultado do novo levantamento, portanto, aponta que o município está em uma situação de alto risco e uma alta probabilidade de surto de dengue. Por isso, é fundamental que ações de controle e prevenção sejam intensificadas. Foram inspecionados 2 81 imóveis. No primeiro Liraa deste ano, realizado entre os dias 13 e 16 de janeiro, o Índice de Infestação Predial registrado foi de 3,3%, o que é considerado em índice de Alerta
O levantamento
Para realizar o levantamento, a Vigilância Epidemiológica divide a área urbana em cinco estratos, cada um deles com 8 100 a 12 mil imóveis. O maior índice foi registrado no Estrato 1, com IIP de 11% e Índice de Breteau (IB) de 13,1%. Ele inclui os bairros Centro, Cidade Alegria e Conjunto Habitacional João Paulo II.
Os cinco estratos mapeados apresentaram IIP acima de 3,9%, patamar considerado crítico pelo Ministério da Saúde. Entre os focos encontrados, 51,8% estavam em depósitos móveis como vasos, baldes e frascos — classificados no grupo B. Resíduos como pneus (D1) e lixo (D2) somaram 31% dos registros, reforçando a necessidade de atenção ao descarte inadequado de materiais que acumulam água.
A distribuição por estrato indicou maior concentração no Estrato 1 (Centro, Cidade Alegria, João Paulo II), seguido por bairros do Estrato 5, como Jockey Clube, Santo Inácio e Santana. Os tipos de criadouros foram organizados em cinco grupos: A (armazenamento de água), B (depósitos móveis), C (depósitos fixos), D (resíduos removíveis como lixo e pneus) e E (naturais). O grupo B foi predominante em todos os estratos.
O relatório recomenda intensificação das ações de controle vetorial, como eliminação de criadouros, vedação de tonéis, uso de telas em ralos e descarte adequado de objetos. Também reforça a importância de campanhas educativas contínuas para orientar a população sobre práticas preventivas.
A Secretaria Municipal de Saúde prevê novas rodadas de monitoramento nos próximos meses e destaca que o envolvimento da comunidade é essencial para evitar surtos, especialmente no segundo semestre, quando o clima favorece a proliferação do mosquito.
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