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Economia

Fecomércio-RS apresenta balanço de 2020 e projeção para 2021

Carolina Grossini imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Dados foram apresentados pelo presidente Luiz Carlos Bohn e pelo economista Marcelo Portugal.

A Fecomércio-RS apresentou ontem, 2/12, em coletiva de imprensa online, uma análise econômica referente ao ano de 2020 e perspectivas para 2021. 

De acordo com a entidade, a pandemia do novo coronavírus impactou fortemente o cenário econômico, alterando diversas das projeções para 2020. Foi registrado menor atividade econômica ocasionada pela quarentena, desemprego, queda do Produto Interno Bruto (PIB), desvalorização do câmbio e aumento dos gastos públicos. O setor de comércio e serviços foi um dos mais impactados pela pandemia, embora tenha apresentado uma retomada a partir do terceiro trimestre. Especificamente os "serviços" são os que mais sofreram e recuperam-se mais lentamente em relação aos demais.

Além disso, observa-se uma recuperação heterogênea entre regiões, segmentos e entre empresas já que fatores como rigidez da quarentena, o tipo de negócio (classificado pelo poder público como "essencial" ou "não-essencial"), bem como a capacidade de levar o negócio para a internet impactam no desempenho de cada empresa. Durante a coletiva, também foram apresentadas as projeções para o próximo ano.

Pandemia

Os dados apresentados mostram que a determinou rumos da economia em 2020. No âmbito nacional, o PIB despencou em abril. Houve recuperação da atividade econômica no terceiro trimestre seguida, no quarto trimestre, por uma queda no ritmo de recuperação. A entidade alerta que a retomada de atividade é altamente heterogênea entre regiões, setores e entre empresas, segundo dados apresentados pelo economista Marcelo Portugal. De acordo com ele, a retomada da economia em meados de 2020 decorreu principalmente do chamado "orçamento de guerra" do Governo Federal que injetou dinheiro na economia por meio de ações como o auxílio emergencial, Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), auxílio por redução salarial e recursos para estados e municípios. Embora necessárias para atenuar os efeitos da crise, tais medidas seriam insustentáveis em 2021. O mercado de trabalho continua com sérias dificuldades, que só deverão ficar totalmente evidentes no ano novo.

Projeções positivas

Portugal apresentou perspectivas positivas. No entanto, alertou que as projeções consideram um cenário de normalidade fiscal no próximo ano e ainda que não haja um novo fechamento do comércio em razão da pandemia.

De acordo com ele, o PIB no Brasil deverá ter um crescimento de 3,2%. Para o Rio Grande do Sul a expectativa é de que o crescimento seja de 2,5%. Portugal explicou que o PIB gaúcho deve ter um crescimento menor se comparado ao nacional por circunstâncias específicas, como o clima, por exemplo.

Ainda conforme o economista, o câmbio deve se mostrar mais amigável, com estabilização em 5,0 R$/US$. As vendas no comércio devem fechar o ano com acréscimo de 2,5% e de 3,5% em serviços.

Outro fator destacado por Portugal foi a inflação, que deverá estacionar em 4,0%. Conforme ele, neste quesito o primeiro semestre deverá ser bastante difícil, mas mostrar estabilidade no segundo semestre.

Necessidade de equilíbrio em 2021

A expectativa é que o Governo termine o ano com R$ 845 bilhões de déficit primário, o que representa 11,7% do PIB. Como a isso se soma a necessidade de pagamento de juros, observou-se, em 2020, um aumento expressivo da dívida pública. Por isso, o presidente da Federação, Luiz Carlos Bohn, alertou para a necessidade urgente da retomada do equilíbrio fiscal em 2021. "Os desafios para o próximo ano são diversos. Esperamos que os governos estadual e federal façam a sua parte controlando o crescimento da dívida pública, com a retomada do teto de gastos visando o equilíbrio fiscal".


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