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Pouca Procura

Cobertura vacinal contra o sarampo segue baixa no município

Ilustração/Pexels - Mesmo com estrutura montada e atendimento contínuo, adesão foi considerada baixa.

Apesar da mobilização realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) no último sábado, 5/7, a procura por vacinas, especialmente contra o sarampo, ainda está abaixo do esperado na cidade. De acordo com a Prefeitura Municipal, a ação do fim de semana imunizou 80 crianças, mas apenas 27 receberam a dose contra o sarampo, público prioritário da campanha. 

A iniciativa seguiu as orientações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde e teve como foco aplicar a “dose zero” da vacina — destinada a crianças de 6 meses a menores de 1 ano. Além do sarampo, também foram aplicadas 36 doses contra a Influenza, quatro contra a Covid-19 e o restante correspondem a vacinas de rotina. 

Mesmo com a estrutura disponível e atendimento contínuo durante todo o dia (a mobilização foi realizada das 9h às 17h, na Sala de Vacina do Posto Central), a cobertura vacinal segue considerada baixa. Segundo a responsável pela epidemiologia da SMS, Eduarda Oliveira, a “dose zero” atingiu, até o momento, apenas 10,05% da meta estimada de 716 crianças nessa faixa etária. Foram aplicadas 72 doses desde o início da campanha em 26 de junho. Já as vacinas de rotina mostram melhor desempenho: a dose 1 (12 meses) registra 107,6% de cobertura, e a dose 2 (15 meses), 81%. 

A campanha é voltada a pessoas de 6 meses a 59 anos que ainda não tenham sido vacinadas ou não consigam comprovar a imunização. Para crianças menores de 1 ano, a aplicação ocorre exclusivamente na Sala de Vacina do Posto Central, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 17h. Para os demais públicos, as doses estão disponíveis em todas as Estratégias de Saúde da Família (ESFs) do município. 

No município, a ação segue até 23 de setembro e integra uma estratégia estadual diante do aumento expressivo de casos na América do Sul. Em 2025, já foram confirmados 5 casos no Brasil, incluindo um no estado, em Porto Alegre. Na Argentina, país vizinho, já são 32 casos confirmados, o que torna essencial a intensificação da vacinação em cidades de fronteira como a cidade. 

Apesar de não haver casos registrados no município, o risco de reintrodução é real. Uruguaiana é uma das 35 cidades consideradas prioritárias pelo Governo do Estado por sua localização estratégica e intensa circulação de pessoas. 

Prevenção e alerta 

Além da vacinação, a estratégia estadual inclui a revisão de cartões vacinais e o chamado bloqueio seletivo. Isso significa que, em caso suspeito, todos os contatos próximos devem ter a situação vacinal avaliada e, se necessário, receber a vacina em até 72 horas. 

A orientação da SMS é que qualquer pessoa com febre, manchas avermelhadas na pele e sintomas como tosse, coriza ou conjuntivite procure atendimento médico e evite contato com outras pessoas. Trabalhadores da saúde e da educação também devem manter a vacinação em dia. 


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