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nevasca no chile

Trinta por cento dos motoristas presos são de Uruguaiana, estima Sindicato

Em torno de 150 caminhoneiros brasileiros, entre eles diversos uruguaianenses, estão enfrentando dificuldades extremas na Cordilheira dos Andes, na região de fronteira entre a Argentina e o Chile, devido a uma intensa nevasca que bloqueou completamente as estradas da região. A nevasca, que começou na última quinta-feira, 27/06, atingiu principalmente a região de Paso de Jama, no Deserto do Atacama, a mais de 4 mil metros de altitude, e deixou a rodovia coberta por camadas espessas de neve, impedindo o tráfego. 

Com temperaturas que chegaram a –17 °C, os caminhões ficaram atolados na neve e muitos motoristas acabaram isolados, com dificuldades de comunicação com os familiares no Brasil. Estima-se que mais de 150 motoristas ainda estejam presos na estrada. 

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Carga de Linhas Internacionais do Rio Grande do Sul (Sindimercosul), Plínio Fontella, a nevascas nessa região são esperadas todos os anos. O Sindicato está em contato com as autoridades chilenas e monitora a situação dos motoristas brasileiros, com o intuito de auxiliar no que for possível, além de se informar quanto a segurança dos profissionais. “É uma região muito complicada, não tem estrutura, são cerca de 200 km sem nada na beira da estrada”, explica Fontella. 

Plínio estima que quase sempre a maioria dos motoristas que ficam presos nesses locais são brasileiros e que por volta de 30% residem em Uruguaiana. 

As autoridades chilenas trabalham com tratores equipados com lâminas para retirar a neve acumulada e utilizam sal para derreter o gelo, mas a liberação da estrada deve levar ainda cerca de cinco dias, segundo estimativas. Enquanto isso, muitos caminhoneiros foram levados para abrigos ou postos de combustível, enquanto outros optaram por permanecer em seus veículos. 

Além dos caminhoneiros, turistas também foram afetados. Na semana passada, 18 brasileiros tiveram que ser resgatados de uma rodovia na mesma região. A massa de ar polar que provocou a nevasca fez com que a Argentina registrasse, fora das áreas polares, a temperatura mais baixa do planeta nas últimas 48 horas: –18 °C. 

As operações de resgate seguem dificultadas pelas condições climáticas, como explicou o comandante da polícia local: “Conseguimos apenas sobrevoar um pouco, e a condição climática está dificultando para encontrar caminhoneiros parados. Seguimos acompanhando de perto, dando apoio e esperamos ter condição favorável para seguir com as ações”. 

Por segurança, a rota Paso de Jama deve ser aberta novamente apenas na semana que vem. “O que podemos afirmar com certeza é que todos estão em segurança”, completou. 


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