Rubens Montardo Jr
A força da caneta
Nesta semana, o Governo Federal deu uma mostra de seu “poder de fogo” ao aprovar um projeto altamente polêmico, onde inclusive contou com o voto favorável de 30 dos 99 deputados federais integrantes da bancada do PL – Partido Liberal, a atual sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pode-se constatar que a aprovação do chamado arcabouço fiscal na Câmara dos Deputados serviu como parâmetro ao governo Lula (PT) para as próximas votações no Congresso, como a reforma tributária. Foram 372 votos a favor e 108 contra, com uma abstenção. Nem todos os parlamentares de partidos aliados demonstraram fidelidade a Lula. O PSOL e a Rede votaram “não”, de forma unânime, em contrariedade ao governo Lula. O União Brasil teve 50 votos favoráveis ao arcabouço e 7 contrários. O partido tem três ministros lotados na Esplanada. O MDB teve 32 parlamentares em consonância com o governo, ante 3 contrários e uma abstenção. A sigla também ocupa três ministérios. O PSD teve 40 deputados em defesa do arcabouço, ante dois que optaram pelo “não”. O partido de Gilberto Kassab também tem três ministérios no governo Lula. O PSB deu 14 votos para a aprovação do arcabouço. É o partido do vice Geraldo Alckmin e com vaga na Esplanada. O PDT, que também compõe a Esplanada, deu 18 votos favoráveis. O PL, partido da família Bolsonaro deu 30 votos para aprovação do projeto, ou seja, embora ditos de oposição, votaram com o Palácio do Planalto. Isso gerou críticas de bolsonaristas nas redes. Veja quais parlamentares do PL que disseram “sim” ao arcabouço fiscal: Antonio Carlos Rodrigues (SP), Adilson Barroso (SP), André Ferreira (PE), Capitão Alberto Neto (AM), Daniel Agrobom (GO), Detinha (MA), Domingos Sávio (MG), Fernando Rodolfo (PE), Filipe Martins (TO), Giacobo (PR), Icaro de Valmir (SE), João Carlos Bacelar (BA), João Maia (RN), Jorge Goetten (SC), Josimar Maranhãozinho (MA), Junior Lourenço (MA), Júnior Mano (CE), Luciano Vieira (RJ), Luiz Carlos Motta (SP), Matheus Noronha (CE), Pastor Gil (MA), Roberto Monteiro (RJ), Robinson Faria (RN), Rosângela Reis (MG), Samuel Viana (MG), Sostenes Cavalcante (RJ), Tiririca (SP), Vermelho (PR), Vinicius Gurgel (AP), e Yury do Paredão (CE).
Movimentos
Podemos vislumbrar os primeiros movimentos, na esfera política, visando o pleito municipal de 2024. Uma pista: uma terá um advogado na cabeça e um médico na vaga de vice.
Futebol
Inaceitáveis, covardes e estúpidas as manifestações de parte da torcida espanhola contra o jogador brasileiro, craque do Real Madrid, Vinícius Júnior. O racismo não pode ser tolerado e nem ficar impune.
Esvaziada
Em recente mudança, foram esvaziadas as atribuições e retirados alguns órgãos que compunham a pasta ambiental como, por exemplo, o Cadastro Ambiental Rural e a Agência Nacional de Águas. Será que é um processo de “fritura” da ministra do Meio Ambiente, a ex-senadora Marina Silva?
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