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Saúde

OMS aponta possíveis novas pandemias

Freepik/Ilustração imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Setenta por cento das doenças infeciosas são de origem animal.

Antecipar o surgimento de novas doenças infecciosas tornou-se um dos maiores desafios do nosso tempo, como foi brutalmente lembrado pela pandemia da covid-19. A questão não é tanto "se" a próxima pandemia ocorrerá, mas sim "quando". Será que seremos capazes de detectar os sinais de alerta com antecedência suficiente para que os órgãos de saúde e as estruturas estatais possam responder adequadamente? 

Para isso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) elaborou uma lista de doenças que apresentam um grande risco de saúde pública devido ao seu potencial epidêmico e à ausência ou disponibilidade limitada de medidas de tratamento ou controle. Embora a maioria das doenças dessa lista já seja conhecida (ebola, zika, Mers, etc.), há também a misteriosa "doença X". Causada por um novo patógeno, essa hipotética "doença X" ainda é desconhecida, mas acredita-se que possa dar origem a uma grave epidemia internacional. A OMS já está pedindo preparação para ela. 

Podemos realmente esperar adivinhar quais micróbios podem nos ameaçar, quando a maioria deles ainda é desconhecida pelos cientistas? Embora não possamos prever o futuro com precisão, podemos aprender muito com o passado. Antes da pandemia de covid-19, a modelagem indicava o risco associado aos coronavírus que circulavam na China e no Sudeste Asiático. 

Nas últimas décadas, mais de 70% das doenças infecciosas emergentes são de origem animal (zoonoses). Essas epidemias podem ser causadas por um patógeno desconhecido ou por um já identificado que conquistou uma nova área geográfica ou que sofreu mutações para dar origem a uma nova variante. O surgimento de doenças zoonóticas está intimamente ligado a paisagens modificadas por seres humanos, como florestas fragmentadas, que perturbam a interface homem-animal-ambiente. 

Entre os supostos futuros culpados, destacam-se três grandes famílias de vírus: Filoviridae (ebola, marburg), Coronaviridae (Sars-CoV-1, Sars-CoV-2, Mers) e Henipaviruses (vírus nipah, vírus hendra). A próxima pandemia provavelmente estará ligada a um vírus dessas famílias, dado seu histórico. Para detectar a doença X, caracterizamos as condições socioambientais e climáticas associadas ao surgimento desses vírus. Utilizando sistemas de informações geográficas e modelos matemáticos, integramos dados sobre temperatura, precipitação, altitude e mudanças no uso da terra. Isso nos permite criar um mapa das áreas onde a doença X poderia surgir. 


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