Uma operação resultou na prisão de um casal acusado de coordenar um esquema de jogos de azar no Estado. Policiais civis da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) deflagraram na segunda-feira, 27/11, a Operação Fortuna II, cujo objetivo é desarticular um esquema de lavagem de dinheiro relacionado à exploração de jogos de azar em diversos municípios do Rio Grande do Sul. O principal alvo da ação é um casal que mora em Novo Hamburgo e seria dono de aproximadamente 100 casas de jogatina. De acordo com a corporação, pelo menos R$ 10 milhões foram movimentados em apenas uma conta, pertencente à mulher investigada. 
A investigação teve início em novembro de 2021, revelando um esquema milionário de exploração de jogos surgido há mais de uma década e que envolveria ao menos 26 pessoas. A suspeita é que o grupo transferia os lucros da jogatina para empresas de fachada, dando aparência de renda lícita ao dinheiro sujo.  
O delegado Guilherme Calderipe, que comandou a ofensiva, destaca que o esquema proporcionou evolução patrimonial aos suspeitos, que adquiriram imóveis luxuosos na região Metropolitana e no litoral Norte. Ele não descarta que os investigados tenham envolvimento com uma facção atuante no Vale do Sinos “Ainda não encontramos ligação direta dos investigados com o tráfico. É possível, no entanto, que exista um esquema de proteção do grupo envolvendo facções. Estamos apurando isso”, destacou. Suspeitas que o grupo tenha pagado propina a agentes públicos também estão sendo apuradas.  
A primeira fase da operação ocorreu no dia 3 de maio em São Paulo, Santa Catarina e no estado gaúcho. Na data, houve o cumprimento de 57 mandados por 142 agentes, sendo 42 ordens de busca e apreensão em 17 cidades. As apreensões incluíram quatro imóveis, quatro veículos de luxo e uma lancha, além de seis contas bloqueadas. 

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