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Restrição
Uruguaianenses dizem o que pensam da proibição de celulares nas escolas

Ilustração/Freepik - A medida está prevista para sair em outubro.
O uso de celulares em sala de aula é um tema polêmico e vem gerando uma grande discussão nos últimos dias. O Ministério da Educação (MEC) está trabalhando em um Projeto de Lei que prevê o banimento dos aparelhos em sala de aula. A medida, que está prevista para sair em outubro deste ano, deve valer para todas as escolas do país, públicas e particulares.
O tema divide opiniões, mas afinal, você é a favor ou contra a medida? Partindo desse princípio, o CIDADE ouviu professores da rede pública e particular de Uruguaiana, além de pais de alunos.
Raquel Karas Batista, professora de Língua Portuguesa da Escola Municipal de Ensino Fundamental Cabo Luiz Quevedo e orientadora educacional da Escola Municipal de Ensino Infantil Vasco Prado, afirma que “quando falamos em restringir o uso de celulares nas escolas, algumas situações devem ser levadas em conta”. “Para que se restrinja o seu uso na escola, deve-se adotar essa prática em casa e, antes ainda, esse deve ser um exemplo vindo dos adultos que convivem com essa criança ou esse adolescente”, explicou.
A Professora ainda afirma que concordar ou discordar não é uma questão simples. “Acredito que a tecnologia tem muito a oferecer enquanto instrumento e meio, todavia, pergunto-me se há educadores e educadoras preparados para utilizarem esse artefato de forma ativa e benéfica para o estudante. Dessa forma, não vejo isso como uma questão tão simples: restringir ou proibir. Tem-se que capacitar os profissionais da educação para bem utilizarem esse recurso que pode ser de muita riqueza e crescimento para o ambiente escolar”, disse Karen Karas Batista.
A educadora Andrea Pombo, professora no Colégio Marista Sant’ana, instituição particular no município, afirma ser favorável a proibição do uso de celulares, porém acredita em uma flexibilização do uso da tecnologia. “Em alguns momentos precisamos do uso dos celulares, então a tecnologia em auxílio ao projeto educativo é fantástica. Sabemos que alguns educandários já restringem o uso, colocando em alguma caixa, pois infelizmente somos muito dependentes de telas e distrai muito o aluno”, explicou.
O professor de Ciências da Escola Municipal Patrício Lopes, Mario Sérgio, afirma ter uma opinião bem formada sobre o assunto. “Eu sou a favor da medida. O jovem da rede básica não sabe usar o celular para fins educacionais e os professores percebem que o uso não tem um fim didático significativo. O adolescente só quer o celular para usar as redes sociais, então o ambiente educacional não combina com o uso do celular. Eu tenho especialização em neurociência aplicada em educação e mestrado em educação em ciências, então sempre tive contato com esse tipo de assunto. A neurociência mostra que para ter aprendizagem a gente tem que ter consolidação de memória e para isso precisamos ter atenção e isso é o que o celular mais tira. É necessário ter aquela atenção que exige esforço e isso é necessário em sala de aula. Sabemos que por mais que o educador de esforce, se não tiver a contrapartida do aluno, ele não vai aprender”, explicou.
O CIDADE realizou um debate por meio das redes sociais, em relação ao uso de celulares em sala de aula. Confira a opinião de alguns leitores.
“Aprovado, dos alunos aos professores”, escreveu Luane Anne. “Sou a favor. Ali é para estudar livros, aprender a usar o raciocínio, não pegar algo pronto. Isso também serve para os professores”, afirmou George Magedanz.
“Também tem que proibir o uso pelos professores. Já ouvi falar que eles ficam no celular ao invés de dar atenção aos alunos”, explicou Zenir Lopes.
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