Em um levantamento realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS) sobre latrocínios no Estado, o resultado apresentou alta dos casos em setembro. No entanto, também foi notada uma queda no acumulado desde o início de 2021. Foram dois roubos seguidos de morte a mais no mês em relação aos quatro registrados em 2020, um aumento de 50%, enquanto na soma desde janeiro, o número de casos passou de 52 no ano passado para 50 neste ano.

Em Uruguaiana, no período entre janeiro e setembro de 2021 foi registrado somente um roubo seguido de morte, em fevereiro. Já em 2020 não houve casos de latrocínios no município na mesma janela de tempo analisada.

Apesar de também ser um crime contra a vida, no Código Penal Brasileiro, o crime é considerado contra o patrimônio por se tratar de roubo, porém, com resultado morte. Isso se deve ao fato que a finalidade do autor do crime é a subtração de bens mediante o emprego de violência, do qual decorre o óbito da vítima ou de terceira pessoa que não o co-autor.

A ocorrência de latrocínio depende de uma série de fatores circunstanciais. Entre os fatores estão a possível reação da vítima, ação surpreendida por testemunhas, consciência do assaltante alterada por uso de entorpecentes e até mesmo eventual nervosismo ou indiferença do criminoso pela vida.

De acordo com o delegado titular da 1ª Delegacia de Polícia de Uruguaiana (1ª DP), Matheus Rosa, para evitar esse tipo de crime é preciso evitar caminhar em locais mal iluminados e não mexer nos pertences pessoais e celular em locais públicos. Também é importante não reagir em caso de assalto.

O latrocínio pode ser consumado ou tentado. Quando consumado, ocorre a morte e o roubo ou a morte e a tentativa de roubo. Já o latrocínio tentado ocorre quando o autor tenta roubar e tenta matar ou quando efetua o roubo e tenta matar.