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Violência
Feminicídios no RS fecham setembro em estabilidade

Ilustração -
Após dois meses em alta, o número de mulheres assassinadas em razão do gênero no Rio Grande do Sul encerrou setembro em estabilidade. Foram cinco vítimas de feminicídio no Estado, repetindo a marca de 2020, que é a mais baixa para o mês desde 2012. A soma de vítimas no período, que no ano passado era de 62, está em 78 neste ano, um aumento de 26%. As informações são de um levantamento realizado pela Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS).
Em Uruguaiana, os dados apontam que as tentativas de feminicídio consumadas aumentaram em 2021, foram dois assassinatos, um em abril e outro em setembro. O número é o dobro do registrado em 2020, que foi somente um, em março. Já as tentativas reduziram em 25%. Neste ano, foram contabilizadas duas tentativas em agosto e uma em setembro. No ano passado, foram totalizadas quatro no mesmo período, ocorridas em abril, maio, junho e julho.
No Rio Grande do Sul, além da estabilidade nos assassinatos de mulheres, setembro encerrou com queda nos outros quatro indicadores monitorados. Houve retrações entre as ameaças (-5,5%), lesões corporais (-0,2%), estupros (-27,7%) e tentativas de feminicídio (-18,5%). No acumulado de nove meses desde janeiro, também foram registradas reduções, com exceção dos estupros, que repetem exatamente o mesmo número de igual período do ano passado.
Ações para redução dos índices
Para ajudar a reduzir os índices, as forças de segurança estão ampliando as estruturas de atendimento qualificado e acolhimento a mulheres vítimas de violência. As Patrulhas Maria da Penha (PMs) formaram no final de agosto mais 460 policiais militares. O reforço do efetivo especialmente treinado para lidar com crimes que envolvam a violência contra a mulher permite à Brigada Militar ampliar a visitação das vítimas amparadas por medida protetiva, além de expandir a presença do serviço para municípios que ainda não a possuem. Nos últimos dois anos, o número de cidades cobertas pelas patrulhas passou de 46 para 114, um aumento de 148%.
Na Polícia Civil, a ação tem sido reforçada com a implantação de Salas das Margaridas. Os espaços são preparados para assegurar a privacidade e a recepção adequada às mulheres que rompem o silêncio e buscam a ajuda das autoridades. Ao todo, são 44 Salas das Margaridas no Estado.
Em parceira com a Secretaria da Educação (Seduc), o Comitê também lançou o curso "Guris e Gurias: Desafios da Igualdade", que busca conscientizar as comunidades escolares e capacitar professores para a abordagem sobre o tema de combate à violência contra a mulher. São abordados temas extracurriculares, que tem o objetivo de prevenir a violência doméstica e de gênero. A iniciativa, realizada na modalidade à distância tem carga horária de 60h e está disponível no Portal da Educação da Seduc para professores de todas as redes.
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