Nesta sexta-feira, 7/7, a Polícia Civil deflagrou a segunda fase da Operação Arroz de Ouro, que investiga um esquema de furtos de sacos de arroz que tem Uruguaiana como ponto de partida.

A operação deriva de uma investigação iniciada há alguns meses, que apura o furto qualificado de 55 mil sacos de arroz da empresa Ciagro, sediada em Itaqui. De acordo com a Polícia Civil, os criminosos teriam vendido os produtos no estado do Paraná. A primeira fase foi deflagrada na semana passada.

Nesta segunda fase, a 2ª Delegacia de Polícia cumpriu mandados de busca e apreensão em São Borja e Itaqui, e prendeu uma pessoa neste segundo município. A ação é comandada pelo delegado Wellington Pinheiro. “Impressiona a quantidade de arroz subtraído da empresa em questão, pois se trata de aproximadamente 2.275 toneladas, que corresponde a 230 tanques de guerra (carros de combate), do Exército Brasileiro, modelo Cascavel”, diz o Delegado.

De acordo com Pinheiro, representantes das empresas sediadas no Paraná, que adquiriram as cargas de arroz, foram ouvidos em sede policial e, até o momento, não se verificou participação destes nos fatos criminosos. Conforme ele, todas as empresas compradoras estão cooperando com as investigações.

Os mandados foram cumpridos nas casas dos investigados, e na sede da empresa vitimada. Foram apreendidas duas caminhonetes, decretado o sequestro de bens imóveis e o bloqueio de contas dos envolvidos, que soma mais de R$ 1 milhão.

Na soma das duas fases, as apreensões somam mais de R$ 5 milhões, entre bloqueios em contas bancárias, cinco imóveis sequestrados, seis veículos (sendo um caminhão e cinco caminhonetes) apreendidos, dinheiro em espécie e joias.

“Se trata do maior furto de cargas de arroz da história da fronteira oeste, e um dos maiores da do Rio Grande do Sul, envolvendo o agronegócio, especificamente relacionado ao comércio de grãos de arroz”, comenta o Delegado.