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a partir de 2024

Policiais rodoviários federais usarão câmeras corporais

imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Projeto atende a recomendação do Ministério Público Federal após o caso Genivaldo.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apresentou, na quinta-feira, 25/5, projeto para implementar o uso de câmeras corporais nos uniformes dos policiais. O Projeto Estratégico Bodycams prevê que a partir de abril de 2024 cerca de seis mil agentes utilizem os equipamentos. Esse número representa aproximadamente metade da força policial.

Os testes práticos da implantação começam em novembro, em projeto coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. De acordo com o Ministério, estudos apontam que o uso da tecnologia diminui em mais de 50% a letalidade policial, além de reduzir pela metade as reclamações sobre a conduta de policiais.

O projeto atende a pedido do Ministério Público Federal. Em janeiro deste ano o órgão recomendou que a PRF fizesse uso das câmeras. A ideia surgiu após o assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, trabalhador morto durante uma abordagem de policiais rodoviários federais que o trancaram no porta-malas de uma viatura.

O secretário de Acesso à Justiça do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marivaldo Pereira, afirma que as câmeras são instrumentos importantes para evitar casos como o de Genivaldo, morto há um ano, em Sergipe. Genivaldo não resistiu à abordagem policial, quando foi trancado em uma viatura, utilizada como uma espécie de câmara de gás. "E eu acredito que poderia ter evitado situações com a do Genivaldo, sem dúvida alguma. Por isso, que essa é uma política muito simbólica. Para a gente, é um episódio extremamente lamentável. A dor daquela família é algo indescritível. Nosso desejo é que isso nunca mais se repita no âmbito da Polícia Rodoviária Federal ou de qualquer outra polícia", afirma.

Caso Genivaldo

Em abril, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manteve a prisão dos dois policiais rodoviários federais acusados pela morte de Genivaldo de Jesus Santos por asfixiamento em uma viatura da corporação, em maio de 2022.

Os ministros da Sexta Turma do tribunal decidiram manter a prisão preventiva por entenderam que os policiais agiram com força desproporcional e contrariamente às normas internas. Além disso, os magistrados consideraram que a vítima tinha problemas mentais e não ofereceu resistência à abordagem.

Em janeiro, a Justiça de Sergipe determinou que os agentes da PRF envolvidos no caso sejam submetidos a júri popular pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado.

Imagens veiculadas na internet mostram a ação policial que deixou a vítima presa em uma viatura esfumaçada. O homem se debate com as pernas para fora enquanto um policial rodoviário mantém a tampa do porta-malas abaixada, impedindo o homem de sair ou respirar. Genilvado teria sido parado pelos agentes por trafegar de moto sem capacete.

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