URUGUAIANA JN PREVISÃO

Marisele Velasques

Realidade financeira

O Brasil há tempos está passando por momentos difíceis economicamente. Quando parecia que ia começar a caminhar para o desenvolvimento econômico, veio a pandemia e o isolamento social que obrigou empresas a fecharem, muitas pessoas perderam seus empregos e quem era autônomo também viu sua fonte de renda ir diminuindo e até mesmo desaparecer de vez. O caos financeiro se instalou na vida da grande maioria das pessoas. Muitas famílias tiveram que se readaptar para poder sobreviver. Felizmente retornamos, mas será que aprendemos a viver com o que temos?
Basta buscarmos informações em noticiários ou sites que encontraremos dados de um grande número de brasileiros que estão endividados e continuam consumindo produtos e serviços que poderiam abrir mão por um tempo até voltar a se organizar financeiramente. E como todos sabem, crianças e adolescentes continuarão desejando consumir, principalmente o que está na moda, e se os familiares não conversarem e explicarem a situação da casa, não adianta reclamar ou brigar. O interessante saber é que não existe uma idade específica para contar a criança como se apresenta a real situação familiar, o importante é saber explicar conforme o seu nível de entendimento. Aquela história de pensar que os filhos não precisam saber não existe mais, aliás, a Educação Financeira começa com pequenas atitudes, muito diálogo e exemplos dentro de casa e já está fazendo parte do currículo escolar de algumas escolas com o objetivo de chegar a todas.
Quanto mais cedo se conversar sobre dinheiro e como usá-lo de forma correta, será melhor para todos, pois os pequenos precisam compreender que suas vontades nem sempre serão atendidas e aprenderão que para comprar algo necessitamos de dinheiro conquistado através do trabalho. Por isso, visitar os empregos de seus pais é uma boa aula para compreender de onde vem o sustento da casa. Negar algo nunca é bom, mas faz parte do aprendizado de qualquer pessoa, e quanto mais cedo a criança entende seu papel, mais ela irá compreender e pedir menos, evitando constrangimentos públicos em supermercados, por exemplo. Também aprenderá a economizar dentro de casa como água, luz e evitar desperdício de alimentos.
Conversar e viver conforme a situação financeira do momento sempre será a melhor forma de educar para ajudar nas condições da família. Quanto maior a união, mais fácil será resolver problemas e imprevistos que surgirem e também aproveitar de forma saudável como fazer passeios sem gastar muito com as condições reais que o núcleo familiar apresenta.

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