URUGUAIANA JN PREVISÃO

Marisele Velasques

País de ansiosos

A ansiedade têm sido um dos assuntos mais falados na atualidade, e ao assistir um programa de televisão vi reportagens que me deixaram impressionada, o que me fez pesquisar mais sobre o assunto. Basta escrever a palavra chave no site de busca e descobrimos o quanto é necessário pensar e procurar ajuda para esse problema, já que tem muito material para ser lido e bastante gente precisando de informação e ajuda.
O que mais me chamou atenção é que infelizmente estamos em primeiro lugar no ranking mundial, segundo a OMS, Organização Mundial de Saúde, o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo e o quinto mais depressivo. De acordo com dados apresentados 9,3% da população é ansiosa e 5,8% apresenta depressão. Todas as reportagens e estudos pesquisados chegaram a uma mesma conclusão: esses transtornos mentais aumentaram durante a quarentena imposta no período de pandemia.  E com números tão assustadores, poucas pessoas procuram ajuda e outras não encontram assistência médica adequada. 
A ansiedade e os transtornos de ansiedade são um conjunto de doenças psiquiátricas marcadas pela preocupação excessiva ou constante de que algo que vai acontecer. As pessoas não conseguem se ater ao presente e sentem uma grande tensão acreditando que algo negativo vai acontecer, muitas vezes sem um motivo aparente, fazendo com que a mesma não consiga relaxar. Podendo ter sintomas físicos e psíquicos, nos quais passa a ter reações desproporcionais e não consegue se acalmar, interferindo em sua rotina e no contexto familiar e social.
Com as crianças e adolescentes não é diferente, a mudança de comportamento é claramente percebida como o isolamento, ficar mais quietinho, não quer brincar tanto, o apetite diminui, o sono altera, desânimo para realizar tarefas simples, irritabilidade e falta de controle emocional. Aliás, é perceptível em sala de aula o grande número de alunos inquietos, imediatistas e inseguros.
O ideal a fazer caso se perceba qualquer um desses sintomas é buscar ajuda de especialistas na área, como psicólogos e psicopedagogos. O olhar da família e seu cuidado nesses momentos também ajudam muito. Sabemos que a pandemia virou o mundo de ponta cabeça, que as tecnologias diminuíram distâncias, mas ficamos isolados fisicamente por muito tempo. A internet tornou tudo muito rápido e imediatista. São tantas mudanças, que somente com informação, discussão e acompanhamento especializado poderão auxiliar quem sofre com esse problema, que há muito tempo não está só restrito aos adultos, nossas crianças e jovens também estão passando por esses desafios. Devemos lembrar que a saúde mental é tão importante quanto a física.

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