Praticamente um mês após o início do ano letivo as aulas foram suspensas. A alegria do retorno se transformou em tristeza e dúvidas. Os pátios antes cheios de vida, energia e sons agora estão lá vazios sem ninguém. As salas de aulas com mesas e cadeiras enfileiradas a espera mais uma vez pelo retorno. Trabalhos e pesquisas foram parados sem conclusão por causa de um vírus que se tornou o tema principal e foi bem trabalhado nas escolas.

 Os jovens compreendem a situação atual, mas mesmo com tantas atividades realizadas com os pequenos ainda surge muitos questionamentos. É difícil explicar para uma criança que ela não vai poder sair, passear, ver os avós e bisavós, brincar com os amiguinhos. Isso é praticamente cortar a infância e toda a sua alegria. Porém, se faz necessário.

Em dezesseis anos como professora, posso dizer que estou muito triste com tudo isso. Pela primeira vez não podemos nos despedir com abraços e beijos. Os olhos fizeram isso e as mãos de longe se movimentaram. Nós brasileiros tão carinhosos e amorosos, agora temos que vivenciar a distância e o isolamento. Ainda bem que temos as redes sociais para nos comunicar.

Esse momento em casa não será um período fácil para ninguém, então cabe a nós a reflexão e a fé de que tudo vai dar certo. O Brasil decidiu pela quarentena em tempo oportuno, o que pode diminuir significativamente a proliferação do vírus, por isso precisamos ter esperança. É momento também de oração somada com cuidados de higiene. Não é só por nós, é por quem amamos e convivemos, é por todos.

Deus nos abençoe e guarde.