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Desoneração da Folha
Suspensão trará prejuízos aos municípios, diz Ronnie

Daiany Mossi - JC imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Desoneração estava sendo um alento para os mais de cinco mil municípios brasileiros
O plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir se vai manter o parecer do ministro Cristiano Zanin pela suspensão da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia e de municípios de pequeno porte até o fim de 2027.
Zanin concedeu liminar favorável ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que questiona a validade da Lei 14.784/2023, aprovada pelo Congresso Nacional no fim do ano passado. Caberá aos demais ministros do STF confirmar ou não a decisão monocrática.
A decisão do STF foi mal recebida pelas prefeituras, que desde o início do ano contavam com a redução dos encargos sobre a folha de pagamento.
O prefeito de Uruguaiana e presidente do Consórcio de Desenvolvimento do Pampa (Codepampa), Ronnie Mello, criticou o governo por insistir na reoneração da folha de pagamento das cidades. “A Prefeitura de Uruguaiana repudia veemente a ação de judicialização do governo em relação à desoneração da folha, que estava sendo um alento para os mais de cinco mil municípios brasileiros. Essa decisão vai trazer insegurança financeira para as prefeituras prejudicando o desenvolvimento de projetos e inclusive colocando em risco o pagamento de credores e a folha mensal”, disse Ronnie Mello.
Entenda
O conflito entre o Executivo e o Legislativo sobre esse assunto se arrasta desde o ano passado. Os parlamentares aprovaram um projeto de lei que estendeu por mais quatro anos um mecanismo que permite às empresas de 17 setores da economia optarem por pagar de 1% a 4,5% de seu faturamento ao governo, em vez de 20% sobre a folha de pagamento dos funcionários. A desoneração da folha existe desde 2012.
A proposta também diminui de 20% para 8% a alíquota previdenciária cobrada sobre a folha de pagamento dos municípios de até 142.632 habitantes. O governo vetou integralmente o projeto de lei. Os deputados e senadores derrubaram o veto do Executivo, garantindo assim o texto aprovado.
Mas dias após o Congresso derrubar o veto, o governo editou uma medida provisória que derrubou o benefício concedido aos municípios e a oito dos 17 setores da economia de forma imediata. Para os nove setores restantes, a MP estabeleceu a volta do pagamento à Previdência sem a opção do recolhimento via faturamento a partir de abril deste ano, até 2027.
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