URUGUAIANA JN PREVISÃO

Rubens Montardo

Brasileiros reprovam ditadura e censura

Em meio a tanta tristeza, mais de cinquenta mil mortos, isolamento social e crescimento dos infectados pelo coronavírus, uma boa notícia foi dada nesta semana. O povo brasileiro reprova toda e qualquer forma de ditadura, totalitarismo e censura. Em sua maioria, pessoas com melhor grau de instrução/escolaridade. "A Pesquisa Datafolha mostra que o apoio à democracia como a melhor forma de governo segue majoritário entre os brasileiros adultos, e na comparação com o levantamento anterior, de dezembro de 2019, o índice cresceu 13 pontos percentuais. Este é o primeiro levantamento sobre o tema da democracia feito por telefone, todos os demais anteriores da série histórica foram realizados presencialmente, em pontos de fluxo. Três em cada quatro (75%) concordam que a democracia é sempre a melhor forma de governo (era 62% em dezembro passado), para 12%, tanto faz uma democracia ou uma ditadura (era 22%), para 10%, em certas circunstâncias uma ditadura é melhor do que um regime democrático (era 12%) e 3% não opinaram (mesmo índice anterior). A atual taxa de apoio à democracia é recorde e superou o índice observado em outubro de 2018, no mês da eleição presidencial, quando era 69%. Já, o patamar mais baixo da série foi em fevereiro de 1992, quando era 42%. Nesse levantamento, nos dias 23 e 24 de junho de 2020, foram realizadas 2.016 entrevistas por telefone, com brasileiros de 16 anos ou mais, que possuem celulares, de todas as regiões do país. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos considerando um nível de confiança de 95%. Na análise das variáveis sociodemográficas, observa-se que a preferência pela democracia é majoritária em todos os segmentos e cresce conforme aumenta o grau de instrução (66% entre os menos instruídos ante 91% entre os mais instruídos) e a renda familiar mensal do entrevistado (69% entre os mais pobres ante 87% entre os mais ricos).

O índice é também mais alto entre os que reprovam o governo Bolsonaro (85%, ante 68% entre os que aprovam o governo). Já, o índice de avaliação que em certas circunstâncias é melhor uma ditadura do que uma democracia é mais alto entre os que aprovam o governo Bolsonaro (15%). Os brasileiros adultos estão divididos quanto às chances do país se tornar novamente uma ditadura. Para 46%, há alguma chance, desses, 21% avaliam que há muita chance e 25% um pouco de chance, e para 49%, não há nenhuma chance. Uma fração de 5% não opinou. Na comparação com a pesquisa anterior, de dezembro de 2019, os índices ficaram iguais: 46% avaliavam que havia chances de uma nova ditadura no Brasil e 49% que não havia chances. Uma fração de 80% discorda que o governo deveria ter o direito de censurar a mídia (64% totalmente e 16% em parte) e 18% concordam (8% em parte e 10% totalmente). Em dezembro do ano passado os índices eram, respectivamente, 75% e 20%. Entre os eleitores de Bolsonaro, o índice dos que concordam com a censura a jornais, rádios e TV alcança 25%. Três em cada quatro (78%) discordam que o governo deve ter o direito de fechar o Congresso (59% totalmente e 20% em parte) e 18% concordam (7% em parte e 11% totalmente). O índice de discordância é o mais alto da série histórica e cresceu em comparação ao ano passado, quando 67% discordavam e 26% concordavam. Entre os eleitores de Bolsonaro, 24% concordam em alguma medida, que o governo deveria ter o direito de fechar o Congresso Nacional, 16% concordam totalmente e 9% em parte". (Fonte: Uol/Folha de São Paulo).

No Rio Grande do Sul, a liberdade de expressão teve uma importante vitória. Após um Juiz da Comarca de Espumoso tentar impor censura prévia ao Grupo RBS, no intuito de impedir a divulgação de uma senhorita de acentuadas posses, com badalado casamento marcado para acontecer com um médico em Punta Cana, e ter recebido o auxílio do Governo Federal, o Tribunal de Justiça, em sentença proferida por uma Desembargadora, corrigiu o "equívoco". A moça não queria que divulgassem seu nome. Simples, era só não ter efetivado uma patifaria. Tantas pessoas passando por dificuldades e uns "espertinhos" recebendo imoral e injustamente um recurso público. Nestes momentos, somos testemunhas da importância da liberdade de imprensa. Se aconteceram excessos, temos o Poder Judiciário para corrigi-los. Ditadura, censura, tortura, fechamento do Congresso Nacional ou do Supremo, nunca mais.

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