Rubens Montardo
2020, o Ano Perdido

Pressa
Nem o mais pessimista dos mortais poderia imaginar, lá por dezembro de 2019, que teríamos um 2020 que ficará na história da humanidade como o Ano Perdido. A pandemia que surgiu na República Popular da China e rapidamente espalhou morte, tristeza e miséria pelo mundo vitimando milhares de pessoas. A dimensão econômica, o reflexo social em cada país atingido, ainda não pode ser totalmente dimensionada, mas pelo planeta afora temos um retrato desolador com muitas perdas e uma grande angústia. Nunca torcemos tanto para que o tempo passe depressa e consigamos sair vitoriosos desta batalha.
Maestro
Morreu em Roma, na última segunda-feira, dia 06/07, aos 91 anos de idade, o consagrado maestro, compositor e arranjador Ennio Morricone. Ele compôs mais de 400 partituras para cinema e televisão, além de mais de 100 obras clássicas que entraram para história da sétima arte. Trabalhou com os diretores Bernardo Bertolucci, Giuseppe Tornatore, Mauro Bolognini, Giuliano Montaldo, Roland Joffé, Roman Polanski, Lucinho Visconti, Henri Verneuil, Don Siegel, Mike Nichols, Brian De Palma, Barry Levinson, Oliver Stone, Warren Beatty, Warren Beatty, John Carpenter e Quentin Tarantino. Sua aclamada trilha sonora de The Mission (1986) foi certificada em ouro nos Estados Unidos. O álbum Yo-Yo Ma Plays Ennio Morricone ficou 105 semanas nos álbuns clássicos da Billboard. Em 1971, ele recebeu uma "Targa d'Oro" por vendas mundiais de 22 milhões e até 2016 Morricone havia vendido mais de 70 milhões de registros em todo o mundo. Em 2007, ele recebeu o Oscar Honorário "por suas magníficas e multifacetadas contribuições à arte da música cinematográfica". Ele foi indicado para mais seis Oscars. Em 2016, Morricone recebeu seu primeiro Oscar competitivo por sua pontuação no filme de Quentin Tarantino, The Hateful Eight, na época se tornando a pessoa mais velha a ganhar um Oscar competitivo. Suas outras realizações incluem três Grammy Awards, três Globos de Ouro, seis BAFTAs, dez David di Donatello, onze Nastro d'Argento, dois European Film Awards, o Golden Lion Honorary Award e o Polar Music Prize em 2010. Ennio Morricone nasceu em Roma, a capital italiana, em 10 de novembro de 1928.
Processo
Depois de ter sido processado pelo cantor e músico Caetano Veloso, o professor Olavo de Carvalho vai ter que enfrentar outra lide forense. O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro de Jair Bolsonaro, entrou na Justiça contra o escritor Olavo de Carvalho e dois militantes do bolsonarismo. Nos processos, que foram abertos no Tribunal de Justiça do Distrito Federal, o ex-ministro da Secretaria de Governo da Presidência cobra indenizações que totalizam R$ 140 mil por ofensas que recebeu nas redes sociais. Olavo de Carvalho, por exemplo, chamou o general de "bosta engomada", "bandidinho" e "gente sem caráter". "O Santos Cruz é a última esperança que os petistas têm de continuar mamando dinheiro do governo", afirmou no twitter. Santos Cruz, que iniciou sua carreira militar em 1968 e foi comandante das forças da ONU no Haiti e no Congo, entrou com ação também contra os bolsonaristas Maria Tereza Zappi e Manoel Magalhães dos Santo Gontijo. Eles postaram em suas redes sociais imagens fakes do general, editadas, seminu e em posição sexual com o bilionário George Soros. Maria Tereza disse que o general é um "louco", que "não consegue ser homem sem uma farda por trás lhe dirigindo". Gontijo chamou o general de "vagabundo" e de "figura grotesca do passado". Também atacou seus familiares: "vagabundos são seu pai, sua mãe, sua esposa e seus filhos". Nas petições assinadas pelos advogados André Silveira e Ana Paula de Paula, do escritório Sérgio Bermudes, o general pede que as indenizações sejam destinadas à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, de Brasília. Olavo, Maria Tereza e Gontijo ainda não se manifestaram no processo. Santos Cruz foi demitido em junho de 2019 por pressão do chamado núcleo ideológico do governo, do qual Olavo de Carvalho é uma espécie de guru.
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