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Genocidas

Luiz Inácio da Silva, o “Lula” é mesmo um pândego. Esta semana, apresentou “ao mundo” crianças indígenas do povo Yanomami em situação famélica em território brasileiro, ao mesmo tempo em que acusava o governante anterior como o responsável por promover um genocídio contra esta população. Dias depois, iria se encontrar para um alegre convescote na Argentina com seu amigo Nicolas Maduro, ditador narcotraficante da Venezuela, que cancelou de última hora o compromisso com medo de um suposto atentado “fascista”. Acontece que as crianças Yanomami apresentadas por “Lula” como vítimas do abandono, são venezuelanas, fruto da ditadura bolivariana. São indígenas venezuelanos fugidos do caos e abrigados por seus irmãos do Brasil. Segundo Michele Bachelet, a comissária de Direitos Humanos da ONU – insuspeita por pertencer à retrógrada esquerda sul-americana - das comunidades indígenas venezuelanas, 197 estão localizadas dentro do Arco Minerador do Orinoco. Esta faixa, que ocupa 12% do território nacional, foi liberada por Maduro para a exploração econômica. A decisão desencadeou uma corrida desenfreada para a extração de minérios, tornando a região palco de violações dos direitos humanos. Desde então, a exploração trabalhista, sexual e infantil, o aumento de doenças, os danos ambientais se tornaram rotina. Grupos criminosos e paramilitares ligados ao governo estão no controle dos garimpos. Segundo o Observatório Venezuelano de Violência, hoje os municípios mineradores tem a maior taxa de homicídios do país: 84 por 100.000 habitantes. Como se não bastasse, em 2022 o governo Maduro iniciou a distribuição de minas a governadores e instituições para aumentar a geração de impostos, fazendo com que milhares de venezuelanos migraram de diversas zonas do país para trabalhar nessas explorações. Com suas áreas invadidas e explorados pelos garimpos, muitos Yanomamis optaram por adentrar o território brasileiro. Lula também esqueceu que, segundo um levantamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena, durante seu governo e o de seu poste ainda menos competente Dilma Rousseff (entre 2008 e 2014), 419 crianças Yanomami morreram no Brasil. O número representa mais de 50% de todas as mortes por desnutrição infantil registradas no país durante o período. Segundo o padre Corrado Dalmonego, Indigenista e missionário do Conselho Missionário, em missão na Amazônia a 15 anos com as tribos Yanomami, as cenas que chocaram o Brasil nos últimos dias não são fruto de um processo recente, mas de um abandono que existe a muito tempo. Dalmonego afirma que o garimpo ilegal está no cerne do problema dos indígenas, e que existe ali a mais de 20 anos. No governo de Jair Bolsonaro, durante os anos de 2021 e de 2022, a Funai realizou um Plano de Ação Emergencial para o enfrentamento da malária, desnutrição infantil, mortalidade infantil e abuso de álcool no Distrito Sanitário Especial Indígena Yanomami, com planejamento e ações relacionadas à insegurança alimentar de curto, médio e longo prazo, junto à Secretaria Especial de Saúde Indígena e Ministério da Cidadania, com foco especial no combate à desnutrição infantil. Pouco adiantou. Esta semana, o senador Plínio Valério, do PSDB pediu a abertura de uma CPI para investigar as ONGs da Amazônia. Valério quer saber onde vão parar as verbas internacionais e governamentais destinadas à conservação ambiental e saúde indígena entregues nas mãos das ONGs. Em 2019 o senador já tentara, sem sucesso, estabelecer a CPI. Se posicionaram contra a Rede, o Psol, o PC do B e o PT. Portanto, atirar a culpabilidade de um problema que se arrasta há anos no país somente no governo Bolsonaro é apenas revanchismo e uma cortina de fumaça para a verdadeira baderna administrativa que se estabeleceu no novo governo. Esta é a verdade. O resto é “plim-plim”.

Piada triste

A Agência Brasil, órgão oficial de notícias do governo estampou a manchete: “Parlamentares eleites reúnem-se pela primeira vez em Brasília”. Portanto, agora é oficial! Devemos todos adotar a linguagem utilizada em suas performances cômicas pelo saudoso Antônio Carlos Bernardes Gomes, o Mussum dos trapalhões. Pobre país!

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