URUGUAIANA JN PREVISÃO

Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Piada 

A politização da pandemia continua em alta. Esta semana, o deputado Luiz Mainardi, líder da bancada do PT na Assembleia atacou veementemente a abertura do comércio e serviços decretada pelo governador Eduardo Leite, com a exceção da Grande Porto Alegre e da Grande Caxias do Sul. No decreto, o governador elencou uma série de medidas para o funcionamento do comércio ofereça o mínimo de riscos para trabalhadores e para os consumidores. Mas para Mainardi, que falou em nome do partido, a população deve permanecer toda confinada, ou seja, sem trabalhar, com exceção dos setores considerados essenciais. É claro, pois por enquanto, o nobre deputado e seus companheiros estão recebendo em casa e em dia os seus salários, enquanto os demais mortais, não. Mas só por enquanto. Esquece o deputado que em breve, com os governos sem arrecadação de impostos - aliás, uma especialidade de seu partido - todos ficarão também sem receber. Então ou o discurso do deputado foi um exercício demagógico e irresponsável ou nosso herói deseja o caos social para que craques como o condenado Luiz Inácio da Silva, o Lula, ou sua "posta", Dilma Rousseff, retornem ao poder, para com desvios de dinheiro público e irresponsabilidade fiscal, aumentarem ainda mais a desgraça econômica do país. Já o "Arauto Gaúcho dos impeachments", Tarso Genro, diante do costumeiro destrambelhamento verbal do presidente Jair Bolsonaro, viu aí uma oportunidade de virar o resultado das eleições no tapetão, o que já tentou em diversas ocasiões, proferindo: "As condições para o impeachment de Bolsonaro estão dadas". Mazaaá!

Arautos do apocalipse

Na quarta-feira o ministério da Saúde atualizou para 2.700 número de mortes registradas pelo novo coronavírus no Brasil. No total, são mais de 40 mil casos confirmados do vírus chinês no país. Pois bem. Ainda no passado mês de março, a Intercept, veículo de comunicação do afetado senhor Greenwald - ou Verdevaldo, como queiram - anunciava em manchete, replicada com entusiasmo pela Folha de São Paulo e pela Rede Globo que, o presidente Jair Bolsonaro escondia um relatório da Abin que previa a morte de 5.571 brasileiros por covid19 até o dia 6 de abril. Mas, como o "veículo" de Verdevaldo é dado a fofocas sem muito fundamento, poucos levaram a sério suas previsões e ficou por isso mesmo. Aproveitando a onda de terrorismo e para não ficar atrás - no bom sentido -, o governador João Doria, o Chiquinho Scarpa da política nacional, declarou que, mesmo adotando o confinamento mais radical, morreriam pelo menos 100 mil paulistanos da epidemia. Este é o tipo de "imprensa que lucra, financeira ou politicamente, com a tragédia e o pânico da população. Merece nosso repúdio. Certamente, irá para a lata de lixo da história. 

Arautos do Apocalipse II

Na quinta-feira da semana que passou, enquanto CNN, SBT, Band e Record exibiam boa parte do pronunciamento do presidente sobre a substituição do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta pelo oncologista Nelson Tech, a TV Globo preferiu privilegiar a reprise de novela "Avenida Brasil". Somente depois das 17h, numa breve interrupção da importante novela deu a notícia. Em suma, quando não há mortes, não interessa a Globo. 


Rara lucidez e recaída

Na semana que passou, o presidente Jair Bolsonaro, num momento de rara lucidez, declarou: "Nós todos, Executivo, Legislativo, Judiciário, temos de tomar decisões com muita prudência. O governo não é uma fonte de socorro eterna". Diante das costumeiras bobagens que o presidente costuma dizer, de um Congresso infestado de demagogos de terceira categoria e de um Supremo Tribunal Federal que ignora a Constituição, o "pensamento" chega a ser surpreendente. Mas, no domingo, Bolsonaro voltou ao normal: participou de uma manifestação que apregoava o fechamento do Congresso, do Supremo e da volta do AI-5. 

Duas mãos

Os servidores públicos têm um custo estimado em R$600 bilhões/ano no Brasil. Boa parte deste dinheiro se esvai no pagamento de vantagens indevidas, como penduricalhos, mordomias e privilégios que nenhum funcionário da iniciativa privada possui. Mas o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o do Senado, Davi Alcolumbre, assim como o STF impedem qualquer medida que faça o setor público participar dos sacrifícios financeiros. Que impuseram aos funcionários do setor privado, como a redução de salários e a proibição de trabalhar em vários setores. Pelo contrário: até mesmo o vergonhoso fundão eleitoral foi protegido por nossos heróis.

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