URUGUAIANA JN PREVISÃO

Ricardo Peró Job

Luzes & Sombras

Troglodismo   

A agressão de dois profissionais do jornal O Estado de São Paulo por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro durante a manifestação neste final de semana em Brasília foi um ato de barbárie. É inaceitável a violência física e o assédio contra jornalistas, independente da linha editorial do veículo em que labutam ou de suas opiniões pessoais. Uma das características principais de um Estado democrático e de direito é a liberdade de imprensa. Se quiserem repudiar a linha editorial de um meio de comunicação, quando impresso, basta não comprar o jornal ou a revista e, no caso dos veículos televisivos ou radiofônicos, trocar de estação. 

Eu que mando

Chama a atenção a sede que o STF tem de mandar no país. A quantidade de interferências em atos do Executivo, anulando decretos, medidas provisórias, nomeações, projetos e até mesmo campanhas publicitárias, impressionam. Alguns deles, ferindo de morte a Constituição, como o que barrou ato que devolvia a Funai ao Ministério da Agricultura e a nomeação do novo chefe da Polícia Federal. Outros, como o que extinguiu as sinecuras dos Conselhos Federais e o que acabava com o indecoroso DPVAT, afetaram diretamente o bolso do contribuinte. Apesar de não terem sido eleitos, os juízes do STF parecem pairar acima da lei e de imporem sua vontade a todos os demais, reles mortais. 

Eu também mando

Não é só o presidente Jair Bolsonaro que enfrenta a sede de que assola a Justiça brasileira. Passando por cima de recente decisão do Supremo Tribunal Federal, que garante somente aos governadores, prefeitos e ao presidente o poder de impor medidas de isolamento social, o juiz Douglas de Melo Martins decretou um lockdown no estado do Maranhão. Em sua longa decisão, Douglas, entre outras preciosidades, usou como argumento a "defesa da dignidade da pessoa (sic) humana", argumentando que os decretos estaduais de distanciamento social não têm sido suficientes para conter a disseminação do vírus. 

O Rio de Janeiro continua lindo  

Na semana passada São Paulo inaugurou o terceiro hospital de campanha dedicado ao tratamento de pacientes com Covid-19. A unidade é no Complexo Esportivo do Ibirapuera, na zona sul, e conta com 268 leitos. A instalação custou R$ 12 milhões. Já o Rio de Janeiro inaugurou o seu primeiro, o hospital de campanha Lagoa-Barra, com 200 leitos, a um custo de R$ 55,8 milhões.  

Tem gato na tuba

O governador do Amazonas, Wilson Lima é acusado de superfaturar em 300% as compras de materiais e equipamentos de combate ao coronavírus.O Ministério Público do Piauí acionou a Justiça para suspender um contrato de R$ 4,8 milhões firmado entre o governo do estado e a empresa paulista Progen para montagem de um hospital de campanha no ginásio Verdão. Segundo o MP, "o procedimento de dispensa de licitação foi direcionado para favorecer a contratação da empresa".  

Tem gato na tuba II

A justiça anulou a compra de 330 mil máscaras cirúrgicas descartáveis realizada pela Prefeitura de Guarulhos, na grande São Paulo. Segundo o Ministério Público de Contas, órgão ligado ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, a Prefeitura pagou cerca de R$ 6,20 por unidade, enquanto o preço médio no mercado é três vezes menor.

Um governo no corner Anterior

Um governo no corner

Luzes & Sombras Próximo

Luzes & Sombras

Deixe seu comentário