A nossa casa é o lugar de refúgio, descanso e proteção. Para entrar nela permitimos alguns convidados, nem todo mundo tem esse acesso ao nosso lar. As portas e janelas ficam fechadas à noite ou quando não estamos. Usamos chaves, cadeados, alarmes e cães, tudo para a nossa segurança e de nossa família. Porém, não estamos tão seguros assim, porque todos os dias abrimos as janelas da internet e as portas da televisão sem observarmos se o que está sendo oferecido para nossos filhos é realmente seguro e importante.
Não se engane com o silêncio que fica no quarto quando seu filho está mexendo no celular ou no computador. Nem se tranquilize com os olhos atentos das crianças e dos jovens em séries, filmes ou desenhos animados. E se a leitura faz parte da rotina da garotada, não pense que todas são de boa qualidade. O mundo irá oferecer muitos produtos bons, mas também alguns que serão contrários a todos os valores e culturas das famílias, incluindo até mesmo as músicas, por isso, acompanhar e tentar conhecer os interesses dos filhos por esses itens e jogos eletrônicos nessa era digital, deve fazer parte da rotina dos pais, da mesma forma que o acompanhamento escolar.
Muitas vezes sem conhecimento prévio do conteúdo que está sendo consumido pelo filho, os pais compram o que está na moda sem ao menos saber do que se trata, acreditando que tudo está bem. Nos últimos dias muitas notícias de produtos que estão sendo oferecidos para as crianças e jovens trouxeram esse assunto de novo para a discussão. É preciso observar quem são os ídolos e as referências que chamam atenção no momento. O que fazem? Se nós adultos precisamos verificar nossas fontes de informações para ver se elas realmente condizem com a verdade, o que dizer dos pequenos e dos adolescentes?
Tirar alguns minutos para compreender os interesses, a moda do momento, o que está sendo conversado entre a gurizada. Pesquisar, assistir junto, conversar com outros responsáveis, trocar informações. Nem tudo o que moderno é bom, mas tem muita coisa boa sendo produzida e que vale a pena incentivar a acompanhar. E se por acaso seu filho já está consumindo algo que não lhe faz bem, ou vai contra a tudo o que você quer que chegue até ele, estimule o pensamento crítico com o diálogo e a confiança de conversar sobre os interesses. Se nos fechamos em casa para nossa segurança, porque a televisão e os celulares podem ficar abertos e sem fiscalização?
Pense nisso!